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sexta-feira, 16 de outubro de 2009

O PAPEL DA IGREJA NA CIVILIZAÇÃO OCIDENTAL – Parte II

AgriculturaHenry Goodell, presidente da Faculdade de Agricultura de Massachussets, no começo do séc. XX, falou do trabalho dos monges:“O trabalho desses grandes monges durante um período de 1500 anos: eles salvaram a agricultura quando ninguém mais poderia fazê-lo. Eles praticavam-na sob uma vida nova e novas condições quando ninguém mais podia cuidar”.“Nós devemos a restauração da agricultura de uma grande parte da Europa aos monges”. “Sempre que eles chegavam, convertiam o deserto em um campo cultivado, eles desenvolviam a pecuária e a agricultura, trabalhando com as próprias mãos drenando pântanos... Por eles a Alemanha se transformou um frutuoso país”. (“The Influence of the Monks in Agriculture”; University of Massachusetts, State Board of Agriculture, August 23, 1901, 22).Historiador francês François Guizot, do séc. XIX, que não era simpático à Igreja Católica observa:“Os monges beneditinos foram os agriculturistas da Europa; eles desenvolveram-na em larga escala, associando a agricultura com a oração”. [Newman, 1948]Montalembert, o grande historiador dos monges, do séc. XIX, disse:“É impossível esquecer o uso que eles fizeram de tantos distritos incultivados e inabitados, cobertos de florestas ou cercados de pântanos...”. Reginald Grégoire (1985) afirma que os monges deram “a toda a Europa... uma rede de fábricas, centros de criação de gado, centros de educação, fervor espiritual, ... uma avançada civilização emergiu da onda caótica dos bárbaros”.( “The Monastic Realm”: NY, Rizzoli, 1985, p. 271; idem, p. 35.)S. Bento foi o Pai da Europa. Os Beneditinos e seus filhos, foram os Pais da civilização Européia”.Daniel Rops: “Boa parte da Idade Média não conhecera a literatura clássica a não ser através das citações de S. Agostinho” (D.R., vol. II, pg. 46).Stanley Jaki (1986), historiador da ciência, doutor em teologia e física, mostra que a Igreja na Idade Média contribuiu decisivamente para o surgimento da ciência moderna.Mostra que em sete grandes culturas (Arábica, Babilônica, Chinesa, Egípcia, Grega, Hindu e Maia) a ciência nasceu morta por causa da concepção errônea do mundo e pela falta da crença em um Criador transcendente que estabeleceu a Criação em leis físicas. A concepção falsa de que o universo era um grande organismo governado por uma multidão de divindades e destinado a existir em ciclos contínuos de nascimento, morte e renascimento, tornou impossível o desenvolvimento da ciência. (Jaki, Stanley L., “The Savior of Science”, Grand Rapidis, Mich.: Eerdman, 2000).Dr. Thomas Woods: “É difícil encontrar algum grupo em algum lugar do mundo cuja contribuição foi tão variada, tão significativa, e tão indispensável como aquelas dos monges da Igreja Católica no Ocidente durante um tempo de perturbações e desespero generalizado”. (pg. 32)USO DA ÁGUAO mosteiro cisterciense de Claraval na França usava já no séc. XII a energia da água e tinham as suas próprias fábricas. Usavam a força da água para moer o trigo, peneirar farinha, tecer roupas e fazer cozimento.Eram 742 mosteiros cistercienses na Europa nesse século, e o mesmo nível de tecnologia podia ser observado em todos os mosteiros, afirma Gimpel (1976).Jean Gimpel, historiador:“Em sua rápida expansão pela Europa foram importantes na difusão de novas técnicas por causa do alto nível de sua tecnologia da agricultura, que era combinada com a tecnologia industrial. Cada mosteiro tinha uma fábrica, tão grande como a igreja e a força da água tocava as máquinas das várias indústrias localizadas neste local”. (“The Medieval Machine: The Industrial Revolution of the Middle Ages”, NY: Holt, Rinehart, and Winston, 1976, pg. 67)AVIAÇÃONo começo do séc. XI, um monge chamado Eilmer voou mais de 600 pés com um planador.Alguns séculos depois, o Irmão Francesco Lana-Terzi, um padre jesuíta, tentou voar sistematicamente, ganhou um prêmio de honra sendo chamado de o “pai do avião”. Seu livro de 1670, “Prodromo alla Arte Maestra” foi o primeiro a descrever a física e a geometria de um aparelho voador. Isto aconteceu muito antes de Santos Dumont. [Stanley Jaki, 1995].Sacerdote precursor da AviaçãoPe. Bartholomeu do Gusmão, sacerdote científico brasileiro, em 8 de agosto de 1709 apresentou ante os reis do Portugal o primeiro modelo de globo aero estático deslocado por ar quente. Além de sua atividade pastoral, foi um dos primeiros cientistas do novo mundo, inventou diversos aparelhos hidráulicos para aumentar a produção e sobretudo, diminuir o esforço humano, que recaía sobre os escravos.RELÓGIOO primeiro relógio que se tem recordação foi construído pelo Papa Silvestre II (999-1003) para a cidade alemã de Magdeburg por volta do ano 996.Peter Lightfoot, um monge do séc. XIV, de Glastonbury construiu um dos mais antigos relógios que ainda existe e que está agora em excelente condição no Museu de Ciência de Londres.Richard de Wallingford, um monge prior do séc. XIV, do mosteiro beneditino de S. Albano, foi um dos iniciadores da trigonometria, e projetou um grande relógio astronômico para o mosteiro. O relógio podia prever com precisão os eclipses lunares. Não apareceu um relógio de sofisticada tecnologia nos dois séculos seguintes. Foi confiscado do mosteiro por Henrique VIII no séc. XVI.TECNOLOGIA INDUSTRIALGerry Mc Donnell, da Universidade de Bradford, encontrou evidências perto do mosteiro de Rievaulx, em North Yorkshire, Inglaterra, de um grau de sofisticação tecnológica que deu início às grandes máquinas da Revolução Industrial do séc. XVIII. Os monges tinham construído um forno para extração de ferro do minério. O Rei Henrique VIII mandou fechar este mosteiro de Rievaulx em 1530 como parte do confisco das propriedades da Igreja; bloqueou e atrasou o desenvolvimento da Inglaterra e da Europa por dois séculos e meio.Invenção do telefone sem fioPe. Landel de Moura, nasceu em Porto Alegre em 1863 - em 1893, antes de Guglielmo Marconi, realizou, em São Paulo, do alto da Av. Paulista as primeiras transmissões de telegrafia e telefonia sem fio, entre aparelhos transmissor e receptor, presenciada pelo Cônsul Britânico em São Paulo, Sr. C. P. Lupton, autoridades brasileiras e o povo. Foi a primeira radiotransmissão da qual se tem notícias.Padre recebe Prêmio Templeton 2008Michael Heller, sacerdote, cosmólogo e matemático, polaco de nascimento, recebeu em Londres, o prêmio acadêmico mais reconhecido do mundo por um estudo que mostra como a matemática pode oferecer provas indiretas da existência de Deus. O prêmio é de 1 milhão e 170 mil Euros.A sua especialidade são as fórmulas complexas, desenvolvidas há mais de 40 anos, capazes de explicar muitas coisas, inclusive a sorte, através do cálculo matemático.CIÊNCIA E TECNOLOGIAJohn Heilbron (1999), da Universidade da Califórnia em Berkeley:“A Igreja Católica Romana deu mais suporte financeiro e social ao estudo da astronomia por mais de seis séculos do que qualquer outra instituição”. (“The Sun in the Church: Cathedrals as Solar Observatories”– Cambridge: Harvard University Press, 1999)“A Igreja Católica Romana deu mais suporte financeiro e social ao estudo da astronomia por mais de seis séculos do que qualquer outra instituição”.GRANDES PADRES CIENTISTAS- Pe. Nicholas Steno, é considerado o “pai da geologia”.- Pe. Athanasius Keicher , “pai da egiptologia” .- Pe. Giambattista Riccioli – o primeiro a medir a taxa de aceleração de um corpo em queda livre.- Pe Rober Boscovitch é considerado o pai da moderna teoria atômica.- Pe. Mateus Ricci – alterou o calendário chinês.Estudo dos terremotos - a sismologia veio a ser conhecida como a “ciência Jesuítica”. Trinta e cinco crateras da lua foram nomeadas por cientistas e matemáticos jesuítas.- Pe. Georges Lemaître (1894-1966), foi quem propôs a teoria do Big Bang. Em 1927, baseando-se em cálculos com a então recente teoria da relatividade geral, o jesuíta belga enfrentou Einstein e a comunidade científica da época para propor seu modelo cosmológico.DIREITOA Igreja foi a grande jurista da Idade Média. O Direito Canônico começou no século XI. No séc. XII a lei canônica evoluiu com o trabalho do monge Gratiani, “A Concordância dos Cânones Discordantes” (Decretum Gratiani) escrito em 1140. Foi o primeiro tratado sistemático legal e compreensivo no Ocidente, e talvez na história da humanidade... Justiniano (530), imperador cristão bizantino, mandou redigir o “Código de Justiniano”; os juristas harmonizaram as leis romanas. De 530 a 533, compilaram-se as passagens mais importantes dos 39 jurisconsultos mais célebres, e assim surgiu a “Digesta”, com muitos volumes. (DR, vol. II, pg. 172). O “Código de Justiniano” foi redescoberto pelos canonistas nos séculos XI e XII, melhorando-o e reformando-o, o introduziram na Europa que nada disso conhecia séculos antes sob o domínio dos bárbaros. O “Corpus Iuris Civilis” nasceu no berço da Igreja Católica. Nele o direito romano ficou livre das rotinas arcaicas, e se tornou a base jurídica do Ocidente. Dele sobreviveram a noção do Estado, a organização social e os métodos da justiça que orientaram o Ocidente. Dele surgiram os princípios sociais e humanitários, a noção de bem comum, identificou-se e coibiu-se o chamado “abuso de direito”. O moderno Direito Internacional teve a sua origem com a reflexão filosófica e teológica surgida na Espanha na época da descoberta da América por Cristóvão Colombo. (Pe. Bartolomeu de Las Casas, Pe. Antonio de Montesinos) Não havia até então um conjunto articulado e claro de leis que regulassem as relações das pessoas.Com essas leis nascia o Direito de Burgos (1512) e de Valladolid (1513), e esses argumentos influenciaram o chamado Novo Direito de 1572. Foi um trabalho sistemático dos teólogos jesuítas. Pe. Francisco de Vitória colocou as bases do Direito Internacional e foi chamado de “o pai do Direito Internacional”. “Um homem que “propôs pela primeira vez leis internacionais em termos modernos”, disse Marcelo Sanches- Sorondo [1997]. Com os seus colegas juristas internacionais, o Padre Vitório defendeu a doutrina de que “todos os homens são igualmente livres; na base da liberdade natural; eles proclamaram o seu direito à vida, à cultura e à propriedade”. Thomas Woods afirma que:“Foi, portanto, um sacerdote da Igreja Católica que criou o primeiro grande tratado do Direito das nações, não pouco talentoso” [pg. 137].“Temos aí outro pilar da Civilização Ocidental construído pela Igreja Católica”. [pg. 151]. Segundo Harold Berman (1974), “foi a Igreja que primeiro ensinou ao homem ocidental um sistema moderno de lei. A Igreja primeiro ensinou que conflitos, estatutos, casos, e doutrina podem ser reconciliadas por análises e sínteses”. (Berman, Harold J., “The Influence of Christianity Upon the Development of Law”, Oklahoma Law Review ,12 (1959). A formulação dos direitos, que surgiu da civilização ocidental, não veio de John Locke e Thomas Jefferson, mas muito antes, das leis canônicas da Igreja Católica. (T. Woods)ECONOMIAAlguns historiadores de economia antiga afirmam que a moderna economia, surgiu com Adam Smith e outros teóricos da economia do séc. XVIII, mas estudos recentes estão mostrando a importância do pensamento econômico dos Escolásticos da Igreja, particularmente os teólogos católicos espanhóis e séc. XV e XVI.O economista Joseph Schumpeter considera que esses pensadores católicos foram os fundadores da ciência econômica moderna. (“A History of Economic Analysis”, N. Y., Oxford University Press, 1954, p. 97.Data Publicação: 24/09/2009

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