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domingo, 27 de junho de 2010

Papa ensina o que precisa guiar o apostolado dos fiéis

Bento XVI recebeu uma delegação de integrantes do Círculo de São Pedro na manhã deste sábado, 26, na Sala dos Papas do Palácio Apostólico Vaticano."Através do vosso empenho por satisfazer as necessidades dos menos favorecidos, vós difundis uma mensagem de esperança, que brota da fé e adesão ao Senhor [...]. Caridade e testemunho continuam a ser, assim, as linhas-guias do vosso apostolado", indicou.Acesse.: Discurso de Bento XVI aos integrantes do Círculo de São PedroDurante o encontro, a delegação entregou ao Pontífice o Óbolo de São Pedro recolhido nas igrejas de Roma, "atestado de participação na minha solicitude para com os mais necessitados", disse o Santo Padre.O Papa ressaltou o exemplo de São João Maria Vianney como "modelo de vida evangélica não somente para os sacerdotes, mas também para os leigos, especialmente para aqueles que, como vós, estão empenhados no vasto campo da caridade. [...] Continuai a ser um sinal concreto da caridade do Papa para com aqueles que se encontram em necessidade, seja no sentido material ou espiritual, bem como com os peregrinos que vêm a Roma de todas as partes do mundo para visitar os túmulos dos Apóstolos e encontrar o Sucessor de Pedro".Por fim, o Papa confiou os integrantes do Círculo a Maria, Salus Populi Romani, expressando:"Encorajo-vos a prosseguir com alegria nesta vossa ação, inspirando-vos incessantemente nos infalíveis princípios cristãos e buscando sempre novo vigor na oração e no espírito de sacrifício - como recita o vosso lema -, para trazer abundantes frutos de bem tanto na comunidade cristã quanto na sociedade civil".Siga o Canção Nova Notícias no twitter.com/cnnoticias Conteúdo acessível também pelo iPhone - iphone.cancaonova.com

O diabo veste Armani - Líderes evangélicos e suas extravagâncias

ESTE VIDEO MOSTRA ALGUMAS IGREJAS ENVAGÉLICAS QUE TEM SÓ UM COMPROMISSO;APROVEITAR DA BOA FÉ DAS PESSOAS, E DEPOIS FALAM QUE A IGREJA CATÓLICA E RICA PARA QUE TER ESTA RIQUEZA,PORQUE NÃO DÁ AOS POBRES? E ESTES PASTORES VAGABUNDOS PORQUE TER TANTOS CARROS E CASA?

cantora catolica adriana emociona evangelicos - com a chave do coraçao

RESPOSTA INQUISIÇÃO CATÓLICA

sábado, 19 de junho de 2010

ARMADURA DOS CATÓLICOS (EUCARISTIA).

O Evangelho segundo os evangélicos

Ao ver o título deste texto possivelmente alguns poderiam pensar que se trata de algo ofensivo, mas não é assim. O objetivo desta instrução não é atacar nem ofender aos nossos irmãos evangélicos. Meu desejo é simplesmente mostrar a Verdade do Evangelho tal como é, num ambiente ecumênico, de amor ao irmão e de amor à Verdade.

Jesus Cristo disse: "A Verdade os fará livres." Jo 8,32 e é essa verdade a que queremos proclamar sem comentários, nem interpretações, nem agregados. Queremos proclamar o Evangelho completo do Nosso Salvador e Senhor Jesus Cristo.
Se você for evangélico compare todas as passagens que damos da tua mesma Bíblia , a Reina Valera* (en español) - buscar el nombre de esa edición em portugués - que é a que usamos neste texto, e reza pra que Deus te ilumine e te guie até a verdade plena. Se você for católico, agradece a Deus e reza para que você viva como um autêntico cristão seguindo o Evangelho de Jesus Cristo. Neste texto, você entenderá como o que muitos irmãos separados proclamam em folhetos, rádio e televisão é, senão, o Evangelho segundo os "evangélicos". Na coluna da esquerda estão as frases comuns de muitos evangélicos e na direita o que realmente diz a Sagrada Escritura.
* Nota de tradução: A versão evangélica mais comum no Brasil é a de João F. Almeida, que pode ser utilizada.
São as 12 verdades do Evangelho, que como autênticos cristãos, devemos conhecer
.

Os "evangélicos" dizem:
1.- Já estou salvo e se morro vou pro céu, nao posso perder a salvação.
O Evangelho ensina:
1.- "Mas aquele que perseverar até o final, esse será salvo" Mt 24,13
Os "evangélicos" dizem:
2.- Sou salvo somente pela fé, nem as obras nem a obediencia nos salvam.
O Evangelho ensina:
2.- "Nem todos aqueles que me dizem: Senhor, Senhor, entrarão no Reino dos Céus: mas, sim aquele que fizer a vontade do meu Pai que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, mas nós não profetizamos em teu nome, e em teu nome lançamos demônios, e em teu nome fizemos muitos milagres?
E então lhes protestarei: "Nunca os conheci; apartem-se de mim, servidores do mal." Mt 7,21-23
"E quando o Filho do homem vier em sua glória, e todos os santos anjos com Ele, então se sentará sobre o trono da sua glória. E serão reunidas frente a Ele todas as gentes: e os separará uns dos outros, como separa o pastor as ovelhas das cabras. E colocará as ovelhas a sua direita, e as cabras a sua esquerda. Então o Rei dirá aos que estão a sua direita: Venham, abençoados do meu Pai, entrem no reino preparado para vocês desde a fundação do mundo. Porque tive fome, e me destes de comer, tive sede, e me destes de beber; fui hóspede, e me aconchegastes; estive sem abrigo e me cobristes; doente, e me visitastes; preso, e viestes a mim." Mt 25,31-36
Os "evangélicos" dizem:
3.- Cristo não está presente na Eucaristía, isso é somente algo simbólico.
O Evangelho ensina:
3.- "Eu sou o pão vivo que desceu do céu: se alguém come deste pão, viverá para sempre; e o pão que lhes darei é minha carne, a qual darei pela vida do mundo." Então os judeus discutiam entre eles, dizendo: " Como pode este dar a sua carne para comer?" Jo 6,51-52
"E Jesus lhes disse: Na verdade, na verdade lhes digo: Se não comes a carne do Filho do homem, e não bebes seu sangue, não terás vida en vós. Aquele que come minha carne e bebe meu sangue, tem vida eterna: e eu o ressuscitarei no último dia. Porque minha carne é verdadeira comida, e meu sangue é verdadeira bebida. Aquele que come minha carne e bebe meu sangue, permanece em mim, e eu nele." Jo 6,53-56
"E muitos dos seus discípulos escutando-o, disseram: Dura é está palavra: quem pode ouví-la?" Jo 6,60
"Desde isto, muitos dos seus discípulos retiraram-se, e já não andavam com Ele". Jo 6,66
"Disse então Jesus aos doze: Querem retirar-se? E respondendo-lhe Simão Pedro: Senhor, a quem iremos? Vocé têm palavras de vida eterna." Jo 6,67-68
Os "evangélicos" dizem:
4.- Tenho que me confessar direto com Deus, não com homens pecadores.
O Evangelho ensina:
4.- "Então lhes disse Jesus outra vez: Paz a vós: como me enviou o Pai, assim também eu os envio. E como disse isso, soprou, e disse-lhes: Recebam o Espírito Santo: Aos que perdoais os pecados, ficam perdoados: e a quem lhes reterais, serão retidos." Jo 20,21-23
"Na verdade lhes digo que tudo o que vocês ligarem aqui na terra, será ligado no céu, e tudo o que desligarem na terra, será desligado no céu." Mt 18,18
Os "evangélicos" dizem:
5.- Não tenho que chamar de "Pai a ninguém", a Bíblia me proíbe.
O Evangelho ensina:
5.- "Então Ele, dando sua voz , disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e envia a Lázaro que molhe a ponta do seu dedo em água, e refresque minha língua; porque sou atormentado nesta chama." Lc 16,24
"Conheces os mandamentos: Não mates, não cometas adultério, não cometas roubo, não dês falso testemunho. Honra ao teu pai e a tua mãe." Lc 18,20
"Me levantarei, e irei ao meu pai e lhe direi: Pai, pequei contra o céu e contra ti." Lc 15,18
Os "evangélicos" dizem:
6.- Tudo está escrito na Bíblia,se não está, não vale.
O Evangelho ensina:
6.- "E há também outras muitas coisas que fez Jesus, que se fossem escritas cada uma delas, não caberiam no mundo tantos livros que se haveriam de escrever. Amén." Jo 21,25
"E lhes disse: Vão por todo o mundo; ensinem o Evangelho a toda criatura." Mc 16,15
"E eles, saindo, ensinaram em todas partes". Mc 16,20
Os "evangélicos" dizem:
7.- Não temos que batizar as crianças, elas não necessitam. Aliás, se deve fazer a imersão em um rio porque Jesus Cristo recebeu o Espírito Santo quando desceu na água.
O Evangelho ensina:
7.- " Respondeu Jesus: Na verdade, na verdade, te digo, que o que não nasce da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne, carne é; e o que é nascido do Espírito, espírito é." Jo 3,5-6
"E logo, saindo da água, viu abrir-se os céus, e ao Espírito como pomba, que descia sobre Ele" Mc 1,10.
Os "evangélicos" dizem:
8.- Maria é uma mulher como as outras, não deve ser venerada pois a Bíblia não a menciona.
O Evangelho ensina:
8.- "E entrando o anjo onde estava, disse, Ave, cheia de graça! O Senhor esteja contigo: bendita tu és entre as mulheres ". Lc 1,28
"E aconteceu, que como escutou Isabel o cumprimento de Maria, a criança pulou em seu ventre; e Isabel ficou cheia do Espírito Santo, E exclamou em alta voz, e disse: Bendita tu és entre as mulheres, e bendito o fruto do teu ventre". Lc 1,41-42
"Porque aqui, desde agora me dirão bem-aventurada todas as gerações". Lc 1,48
Os "evangélicos" dizem:
9.- Maria não pode fazer nada porque está morta igual aos santos, e aliás a Bíblia não diz que ela possa interceder por nós.
O Evangelho ensina:
9.- "Eu sou o Deus de Abraão, e o Deus de Isaac, e o Deus de Jaco? Deus não é Deus dos mortos, senão dos vivos." Mt 22,32
"E lhes apareceu Elias com Moisés, que conversavam com Jesus." Mc 9,4
"E faltando o vinho, a mãe de Jesus lhe disse: Vinho não tem. E disse-lhe Jesus: Que tenho eu contigo, mulher? Ainda não ha chegado minha hora. Sua mãe disse aos que serviam: Façam tudo o que lhes diga... E como o mestre-sala gostou da água feita vinho". Jo 2,3-9
Os "evangélicos" dizem:
10.- Não se deve dizer as mesmas palavras ao rezar, como no terço. Repetir não é bíblico.
O Evangelho ensina:
10.- "E (Jesus) afastou-se outra vez e orou, repetindo as mesmas palavras." Mc 14,39
Os "evangélicos" dizem:
11.- Todos os apóstolos foram iguais. Isso sobre o Papa é um invento que não está na Bíblia. Pedro foi igual que os onze.
O Evangelho ensina:
11.- "E lhe trouxe a Jesus. E olhando-o, Jesus, disse: Tú es Simão, filho de Jonas: tu serás chamado Cephas (que quer dizer, Pedra)". Jo 1,42
"Mas eu também te digo, que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei minha igreja; e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. E a ti darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus; e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus." Mt 16,18-19
"Disse também o Senhor: Simão, Simão, olha que Satanás pediu para peneirar como o trigo; mas eu roguei por ti para que tua fé não falte: e tu, uma vez de volta, confirma aos teus irmãos." Lc 22,31-32
"E veio e os encontrou dormindo; e disse a Pedro: Simão, dormes? Não velastes uma hora?" Mc 14,37
"E quando comeram, Jesus disse a Simão Pedro: Simão, filho de Jonas, me amas mais que estes? Disse-lhe; Sim Senhor: tu sabes que te amo. Disse-lhe: Apascenta meus cordeiros. Volta a dizer-lhe a segunda vez: Simão, filho de Jonas, me amas? Respondeu-lhe: Sim, Senhor: tu sabes que te amo. Disse-lhe: Apascenta minhas ovelhas. Disse-lhe a terceira vez: Simão, filho de Jonas, me amas? Entristeceu-se Pedro de que le dissesse por terceira vez: Me amas? E disse-lhe: Senhor, tú sabes todas as coisas; tú sabes que te amo. Disse-lhe Jesus: Apascenta minhas ovelhas." Jo 21,15-17
Os "evangélicos" dizem:
12.- A Igreja nao importa, somente Cristo salva. É a mesma coisa estar em qualquer uma. O único necesario é aceitar a Cristo, não a Igreja.
O Evangelho ensina:
12.- " Aquele que os escuta, a mim escuta; e aquele que os despreza, a mim despreza; e aquele que a mim despreza, despreza aquele que me enviou." Lc 10,16
"Aquele que recebe a vocês, a mim me recebe; e aquele que a mim recebe, recebe ao que me enviou." Mt 10,40
"Por tanto, se teu irmão peca contra ti, vai, e parlamenta entre ti e ele só: se te escuta, ganhaste ao teu irmão. Mas se não te escuta, consegue-te dois mais, para que na boca de dois ou de três testemunhos conste toda palavra. E se não escuta a estes, diga a Igreja: e se não escutar a Igreja, considera-o como pagão e publicano." Mt 18,15-17
"Mas eu também te digo, que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei minha igreja; e as portas do inferno não prevalecerão contra ela." Mt 16,18
Assim que, em frente irmão. É tempo de nos decidir a aceitar o Evangelho Completo de Jesus Cristo tal como está e não adaptá-lo segundo o gosto de cada um.
Jesus Cristo disse:
"Qualquer um, pois, que escutar estas palavras, e as pratica, o compararei a um homem prudente, que edificou sua casa sobre a Rocha"
Mt 7,24
Se você é evangélico, esse é o convite por parte do Nosso Senhor. Se você é católico, esse é o convite por parte do Nosso Senhor. Vive-o para ser um autêntico cristão.
Da minha parte, como católico, em vez do credo dos grupos evangélicos, melhor prefiro o ensinamento do Evangelho. Mesmo que ao dizer isto aconteça como o Apóstolo Paulo disse:
"Me hei tornado inimigo de vocês por haver dito a verdade?" Gal 4,16
Que a Virgem Maria interceda por cada um de nós para que sejamos fiéis ao Evangelho do seu Filho Jesus Cristo e ser fiéis a Igreja que Ele fundou: a Católica.
Autor Martín Zavala, Misioneros de la Palabra
www.defiendetufe.org y librería Misión 2000 www.defiendetufe.com
Deus continue te abençoando em abundância.

Tele pecado

É incrível a capacidade do ser humano para descobrir novas formas de satisfazer a sede de prazer dos seus mais baixos instintos. Seduzido pelo anjo das trevas ele se deixa seduzir e põe os mais sofisticados recursos da inteligência e da técnica a serviço do pecado; isto é, daquilo que ofende a dignidade da criatura e atenta contra o Criador.Depois das tristes invenções dos motéis, antros da prática da luxúria e da infidelidade conjugal, depois das casas de ´massagens´, vídeos eróticos, canais de TV com programações eróticas de 24 horas, sexo via Internet, depois da criação dos ´meninos e das meninas de programa ´, na sua maioria adolescentes a serviço da exploração dos adultos, inventaram ainda os famosos ´Teles´: tele´fantasia, tele´erótico, tele´sexy, tele´gay, tele´horóscopo, tele´tarô, tele´mentira, tele´prostituição, enfim, tele´pecado.Nunca se viu tanta permissividade moral invadir os nossos lares sagrados! Nunca foi tão avassaladora a onda do mar de lama a nos atingir. Nunca o Criador foi tão ofendido e desprezado pela criatura mais bela que ele criou à sua ´imagem e semelhança´, para ser a sua maior glória na face da terra. Por essa criatura o Criador aceitou se fazer homem e morrer numa cruz. No entanto, essa é a resposta que Ele recebe de uma humanidade que já não mais o reconhece como o seu Deus.Mas, o que mais nos entristece, e até revolta, é constatar que tudo isso é promovido com a complacência e a conivência das autoridades públicas, que deveriam ser as primeiras a impedir tais absurdos. Um meio de comunicação útil e prático como o telefone, jamais poderia, por razões éticas e morais, ser transformado em um instrumento de promiscuidade moral. A conivência das autoridades responsáveis, atesta, que a nossa sociedade já vive o neo´paganismo; isto é, o Evangelho, que até alguns anos atrás era a referência para o comportamento da sociedade, não passa agora de letra morta. É a secularização do mundo e do estado, que eliminou Deus de sua vida.Definitivamente eliminou´se o ´temor de Deus´ no meio da sociedade que se torna mais individualista, narcisista, hedonista, pecadora. O ateísmo que se vive hoje, é um ateísmo prático, selvagem, não mais filosófico. Não mais se pergunta se Deus existe; apenas se age como se Ele não existisse, e pronto. Apesar disso, 99 por cento dizem acreditar em Deus...Pior do que o pecado cometido sob o peso da fraqueza da carne, é aquele cometido quando se explora comercialmente aquilo que é imoral, que atenta contra a dignidade do ser humano, transformando´o em um meio de lucro. Sem dúvida estamos aqui diante de um pecado dobrado, praticado não pela fraqueza da natureza humana, mas pelo amor desenfreado do dinheiro, como disse São Paulo ´razão de todos os males´ (1Tm 6,10).O Catecismo da Igreja Católica, fala sobre o escândalo:´Quem usa os poderes de que dispõe de tal maneira que induzam ao mal torna´se culpado de escândalo e responsável pelo mal que, direta ou indiretamente favorece. ´É inevitável que haja escândalos, mas ai daqueles que o causar’ (Lc 17,1)´ (n.2287).É incrível constatar que há pessoas que consigam dormir em paz sabendo que ´faturou´ às custas do pecado dos outros, e da morte das suas almas.É incrível saber que há pessoas que aceitam enriquecer´se com a venda da droga que vai destruir vidas jovens e famílias; outras que aceitam comercializar o corpo sagrado da pessoa humana, templo do Espírito Santo (1Cor 3,16; 6,19).É incrível observar que a sede de dinheiro possa ser maior que o respeito à verdade, à pureza, o amor ao próximo...É incrível notar que Cristo continua a ser vendido por trinta moedas!O Tele´sexo é mais um tentáculo de um mesmo polvo. Não bastasse a pornografia na televisão, agora vem mais essa, a pornografia por telefone.E assim, os valores da família vão sendo afrontados e destruídos. O que poderemos esperar de uma sociedade desta? Apenas violência, lágrimas, pânico, morte...É preciso reagir! É preciso ter coragem de reagir. É preciso ter a coragem de ´mostrar o rosto de cristão´ e dizer um BASTA a essa situação. Nenhum católico pode se omitir nesta hora grave. Se não entrarmos nesta luta, com a graça e a proteção de Deus e da Virgem Maria, poderemos ver os nossos próprios filhos serem tragados por esse mar de sujeira.Se nós católicos nos omitirmos, o nosso país vai afundar nesse monstruoso atoleiro moral. Dizia o Papa Leão XIII que ´a audácia dos maus se alimenta da covardia dos bons´.Sabemos que esta é uma luta como aquela do gigante Golias contra o pequeno Davi. Sabemos que os impérios das TVs e dos ´mas media´ são gigantes diante de nós. Mas com a graça de Deus haveremos de enfrentá-los com a coragem de Davi.São Paulo nos diz que ´onde o pecado foi abundante, a graça foi superabundante´ (Rom 5,20).Juntemo-nos àqueles que, movidos por Deus, dão combate ao grande Golias e ele será ferido na fronte. É preciso hoje, na fé, repetir as palavras que o rei Davi disse a Golias:´Tu vens a mim com espada, lança e escudo; eu, porém, vou a ti em nome do Senhor dos exércitos, do Deus das fileiras de Israel, que tu insultaste´.E mais ainda, disse´lhe Davi:´Toda a terra saberá que há um Deus em Israel, e toda essa multidão saberá que não é com a espada nem com a lança que o Senhor triunfa, pois a batalha é do Senhor, e ele vos entregou em nossas mãos´ (I Sam 17,45).Assim como Davi venceu Golias com uma desprezível funda e uma pequena pedra, podemos também nós, com os recursos que nos são disponíveis pela fé, vencer o gigante de hoje. E como Davi não tinha espada, usou a própria espada do gigante para cortar´lhe a cabeça. Podemos também usar os mesmos meios sofisticados das comunicações para ´degolar´ o mal. Urge portanto que surjam as rádios e as TVs católicas, as revistas e os jornais cristãos. E, graças a Deus, já estão surgindo em toda parte. Transformaremos o ´tele´pecado´, no ´tele´graça´. Com os mesmos meios sofisticados espalhemos a graça de Deus.A estratégia deve ser esta: tudo de bom que está sendo usado para o mal, devemos usar, sem medo, para o bem. Toda a tecnologia avançada que é usada pelos mensageiros das trevas, deve ser usada pelos mensageiros da luz de Cristo.Se ficarmos acanhados e acovardados em nossos cantos, apenas nos lamentando mutuamente da situação, nada será feito para reverter esse triste quadro. Com a força invencível da fé, da oração, e da luta perseverante, poderemos mudar a situação.

Suicídio: pecado ou desequilíbrio?

Esse acontecimento na vida da família traz tantos transtornos e preocupações.Além do trauma, traz também uma pergunta: "Quando alguém se suicida, ele se salva?" Há dois pontos a se considerar e que são básicos para se responder a essa pergunta. O primeiro nos leva a considerar a vontade salvadora de Deus manifestada em Jesus, que disse: "Eu vim para que todos tenham vida"; "Aqueles que o Pai me deu, eu não perco nenhum". Entramos no mistério da vontade de Deus que quer salvar a todos. Da nossa parte temos de saber que é impossível julgar alguém; isso não nos compete. Ninguém sabe o caminho da misericórdia de Deus.O segundo ponto nasce da análise da psicologia humana. A vida é o maior dom que recebemos de Deus, falando humanamente. Ninguém conscientemente vai tirar sua própria vida. Se o faz, temos a certeza de que não está mais consciente do que faz, mesmo que deixe uma carta escrita explicando as razões que o levaram a tal ponto. A vida é um dom de um valor tão absoluto que repugna ao próprio ser humano perdê-la. Veja como se luta pela saúde, para se defender e se preservar num acidente. Veja os avanços da medicina para proteger, conservar e alongar a vida.Experiências mostram que a pessoa que tira sua própria vida não está mais no controle de suas faculdades mentais.Está vivendo um profundo desequilíbrio e não tem mais opoder consciente de decisão. E quando acontece o fato, pode acreditar que já faz meses que ela está fora de si, vivendo outra realida4e em seu mundo interior, perturbado e confuso. E quem não pode tomar uma decisão consciente, não pode também ser penalizado pelo que fez.Na prática antiga da Igreja, como não se tinha a ajuda da psicologia para a compreensão dessa atitude, havia uma série de sanções para o suicida, como a negação da sepultura eclesiástica, as aplicações de missa pela sua alma. Enfim, pesava sobre a pessoa uma condenação. Hoje, ajudada pela psicologia e pela psiquiatria, a Igreja já vê sob nova forma e tem uma atitude de compreensão e de misericórdia para com aqueles que chegam a tal ponto.Essa é a palavra boa que podemos dizer aos familiares que vivem um drama pela perda de um dos seus nessa forma trágica e traumatizante. Nesse momento temos de firmar nossa fé na bondade, na misericórdia de Deus, que é mais Mãe do que Pai.Texto extraído do Livro: Religião também se aprende - Padre Hélio Libardi (editora Santuário).

Regras de Ouro para ler a Bíblia

Eis a principal regra de ouro: ler a bíblia todos os dias. Sem exceção. Leia quando tiver vontade e quando não tiver também! É como remédio: com ou sem vontade, tomamos, porque é necessário. Com a Bíblia é a mesma coisa. E nos tempos em que vivemos, isso é premente. Assim como você alimenta o corpo todos os dias, alimente diariamente o seu espírito com a Palavra de Deus. Assim como tomamos banho todos os dias e, quando não podemos fazê-lo de manhã, à noite o corpo pede um banho, assim também se passa com a leitura da Bíblia: se você não conseguir ler durante o dia, sem que você se aperceba, o seu espírito ficará pedindo um banho da Palavra de Deus. Não deixe de dar ao seu espírito o que você dá ao seu corpo! Tem gente que não consegue dormir sem tomar banho; essas pessoas se viram e se reviram na cama sem dormir. Que eu e você sejamos assim: que não possamos dormir sem o banho da leitura da Palavra de Deus.
2. Tenha uma hora marcada para a Leitura
Para grande parte das pessoas, a melhor hora de ler é de manhã cedinho. Elas se levantam cedo para ler a Bíblia e fazer o seu trabalho com o Diário Espiritual, antes das outras ocupações e do começo do movimento em casa. Trata-se de um costume maravilhoso. É certamente o que mais rende. Além disso, tem-se a vantagem de iniciar logo cedo uma super-refeição e começamos o dia com força total. Há porém quem tenha dificuldades para fazer isso. São pessoas que, pela manhã, sentem-se pesadas, sonolentas. Parece que a cabeça não funciona. Elas não conseguem se concentrar. E não adianta fazer esforço, pois terminam por gastar tempo para alcançar pouco. Nada há de estranho nisso. Existem muitas pessoas assim. talvez você seja uma delas. Essas pessoas em geral rendem mesmo à noite. Apesar do cansaço do dia, de noite sua mente fica desperta, ativa... Se para você o período bem for o noturno, não hesite: trabalhe com a Bíblia à noite. Fazer isso também tem vantagens: você prolonga a leitura até a hora que quiser e vai dormir com um bom conteúdo na mente. E o seu inconsciente com certeza vai trabalhar com todo esse material. Para muitas mães de família, o melhor momento é o meio da tarde, depois de terminar os trabalhos domésticos. Nessa hora, elas estão sossegadas, não havendo barulho nem movimento na casa, o que lhes permite trabalhar com a Bíblia. O importante é descobrir o melhor período para você. E fazer dele a sua hora marcada, sendo-lhe fiel, sem exceções.
3. Marque a duração da Leitura
Esta é outra regra de ouro: marque a duração da leitura e seja-lhe fiel. seja sério consigo mesmo. É preferível 10 minutos todos os dias a ser levado pelo entusiasmo de quem começa e não ir em frente. Muitas pessoas que, de início, exigiram muito de si mesmas a fim de fazer com seriedade e constância esse trabalho, agora se confessam satisfeitas com o fato de que, passado certo tempo, sentiram um envolvimento e uma motivação tamanhos que a disciplina deixou de ser uma exigência. Do mesmo modo, dado o rigor com o qual encararam esse tempo para a leitura, hoje percebem que se tornou curto. Elas precisam de mais tempo. O trabalho ficou com gosto de "quero mais"... Pena que nem sempre seja possível.
4. Escolha um bom lugar
Ter o cantinho da gente é muito bom. E não precisamos de nada especial; o que importa é contar com um lugar tranqüilo, silencioso, que facilite a concentração e favoreça a criação de um clima de oração. Faz bem ir todos os dias para o nosso cantinho e nele fazer o nosso trabalho com a Bíblia. Lembre-se, todavia, que o lugar é uma coisa secundária: ele é apenas um meio para trabalharmos melhor e com maior resultado. Importante mesmo é, em qualquer lugar, em qualquer circunstância, realizar com dedicação a nossa tarefa.
5. Leia com lápis ou caneta na mão
Não se trata de simplesmente ler; devemos fazer uma leitura ativa. Um meio simples mas eficaz é ler com lápis ou caneta na mão. sublinhe as passagens mais importantes, tudo o que chamar a sua atenção, as coisas que lhe falaram e que o tocaram de modo especial. É até bom ter uma caneta de quatro cores e usar ora uma ora outra. Isso ajuda: põe trechos em destaque, diferencia. Utilize sinais que tenham sentido para você. Faça anotações. Não tenha medo de riscar a sua Bíblia: ela é um instrumento de trabalho. Você vai ficar com a Bíblia bem marcada; vai ser fácil você se lembrar das passagens e encontrá-las quando procurar. Além disso, isso facilita a concentração na leitura, o entendimento da mensagem e a impressão do que é lido na mente e no coração.
6. Faça tudo em espírito de oração
Você não está apenas lendo a Bíblia; você está buscando um encontro com a Palavra de Deus. Está a procura de um contato íntimo com a Palavra Viva do Deus, que fala a você. Trata-se de um diálogo: você escuta, você acolhe, você se toca, se sensibiliza, responde. É um encontro vivo entre pessoas vivas, um encontro de pessoas que se amam mutuamente. Muitos experimentaram essa relação. Experimente você também. O principal interesse de Deus não é tanto fazer você escutar, mas falar com você. Ele deseja instruir você. Quer conduzi-lo ao conhecimento da verdade. Por isso, esteja atento, fique alerta; mantenha-se numa atitude de expectativa. Deus tem algo de bem pessoal e concreto para lhe dizer!
Essa matéria foi tirada do Livro do Pe.Jonas Abib - "A Bíblia no meu dia a dia".... lá você vai encontrar tudo sobre como fazer o Estudo Bíblico!

Como Ler a Bíblia - Parte 1

Por Pe. Jonas Abib
Um amigo me disse - "A Bíblia não é um livro, é uma BIBLIOTECA."
Fiquei surpreso, à primeira vista, mas logo vi que ele tinha razão: é Biblioteca, grande até.
São 73 livros escritos por pessoas diferentes e com finalidades diferentes.
A partir disso comecei a ensinar: - Você não chega numa biblioteca e começa a ler um livro após o outro, na ordem em que eles estão na estante. Não. Da mesma forma você não pode começar em Gênesis e ir lendo um livro após o outro na ordem em que estão nessa estante, chamada Bíblia.
Como acontece com muitos, você vai começar a complicar-se e certamente você vai parar pelo quarto ou quinto livro. Pior ainda, vai dizer que é impossível ler a Bíblia. Não dá para entender! E natural. Isso aconteceria em qualquer biblioteca do mundo!
E necessário, portanto, um plano de leitura.
Dissemos atrás: A Palavra de Deus se esclarece a si mesma:
A Bíblia explica a Bíblia. É certo!
Basta que leiamos livro após livro numa ordem correta. Muitos planos de leitura podem ser feitos. Apresentamos aqui um bom plano. Ele se destina àqueles que querem começar e não têm outros meios senão conhecer a Bíblia pela própria Bíblia.

1. Comece lendo a 1ª carta de João
Leia esta carta 7 vezes. Não se espante. Não é superstição. Não é difícil.
A primeira carta de João é curta, ela ocupa apenas duas paginas da Bíblia. Você pode facilmente ler a 1ª carta de João todinha, todos os dias.
Faça isso durante 1 semana. Portanto, 7 vezes. Por que a 1ª carta de João? E por que 7 vezes?
A primeira necessidade de um cristão é ter a certeza de sua salvação. E saber que Deus o amou e o escolheu.
Gratuitamente, sem nenhum merecimento seu, Ele o pôs na lista daqueles que Ele quer salvar. Foi uma escolha gratuita! Amorosa! Sem merecimento!
Esta certeza produz em nós a alegria da Salvação. E todo cristão precisa tela.
Se tivéssemos que esperar até sermos suficientemente "bons", para nos "tornarmos dignos" da salvação, nós nunca o seríamos. Muitos continuam pensando que Deus nos salva em vista da nossa bondade, dos nossos méritos, das nossas boas obras. E por isso andam abatidos debaixo de um duro fardo. Sem alegria! Sem entusiasmo! Assim geralmente são os cristãos.
Mas não, ninguém "é digno"! Ninguém no. A salvação é totalmente gratuita. ritos, mas por amor.
Ele nos escolheu! Ele, por sua conta, sem olhar os nos305 merecimentos, nos colocou na lista daqueles que Ele quer salvos.
Somos eleitos! Somos escolhidos! Caminhamos na alegria da Salvação. No entusiasmo de sabermos que fomos os escolhidos.
Dos 73 livros da Bíblia apenas essa pequena carta foi escrita com esse propósito: dar-nos a certeza da Salvação.
Na conclusão de sua carta São João diz: "Isto vos escrevi para que saibais que tendes a vida eterna, vós que credes no nome do Filho de Deus" (Jo 20,31).
Sim, foi para isto que João escreveu: dar-nos a certeza de que temos a Vida Eterna, e ela permanece em nós pelo único fato de acreditarmos e confiarmos em Jesus, o Filho de Deus.
Lendo e relendo você vai se convencendo desta feliz realidade: você é salvo! você é escolhido!
E foi Ele que o escolheu. Foi uma iniciativa gratuita da parte do Senhor.
Isso contradiz o raciocínio humano. Em geral contra diz também a formação que temos recebido. Você mesmo não acreditaria...
E grande demais! Só a Palavra de Deus é capaz de convencer-nos. (i~ por isso que você vai ler a carta inteira 7 vezes. Uma vez por dia, para convencer-se, pela palavra de Deus, da mais linda realidade de sua vida.)
Leia a carta inteira todos os dias e faça o diário.
Você pode fazer o diário da carta inteira todos os dias (sempre haverá novidade) ou fazer o diário de 1 só capitulo por dia. Os dois métodos funcionam.

2. Leia o Evangelho de João duas vezes
Após a primeira semana comece a ler o Evangelho de João. Leia 4 capítulos por dia. Assim, em 5 dias, você o lerá por inteiro.
Terminada a leitura volte outra vez no início do Evangelho. Faça sempre o diário.
O próprio São João declara a finalidade do seu Evangelho. "Para que creias que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que crendo tenhais a vida em seu nome" (Jo 20,31).
A finalidade do seu Evangelho e- narrar os milagres os ensinos de Jesus, que comprovam sem deixar dúvida quanto a sua identidade: Jesus é o Cristo, o Filho de Deus Vivo.
Por esta razão o lemos agora, e duas vezes.

3. Leia o Evangelho de Marcos duas vezes
O iniciante que quer ter um bom conhecimento de Jesus precisa ter uma visão global de sua vida.
A leitura do Evangelho de Marcos é o que mais ajudara' pois em apenas 16 pequenos capítulos ele apresenta to da a vida pública de Jesus.
Sendo 4 capítulos por dia, em apenas 8 dias você terá lido duas vezes o Evangelho e terão uma boa visão de vida de Jesus.

4. Leia as pequenas cartas de São Paulo
Você já está preparado para receber os ensinamento de Paulo, as igrejas iniciantes que ele mesmo formou agora procura consolidar com suas cartas. Elas retratam a nossa situação.
Leia pela ordem que está na Bíblia.
Gálatas, Efesios, Filipenses, Colossenses, 1ª e 2ª Tessalonicenses, 1ª e 2ª Timóteo, Tito e Filemon.
Será muito útil ler a carta toda de uma vez e fazer o diário. As cartas maiores: Gálatas, Efésios e Timóteo podem ser divididas em 2 dias.
As traduções atuais do Novo Testamento trazem boas instruções das cartas (há livros também sobre isso). É muito importante lê-las para entender melhor a mensagem do apóstolo.

5. Leia o Evangelho de Lucas
E a narração mais longa e mais detalhada.
Leia na base de 3 capítulos por dia. Você já está em condições de demorar-se mais sobre o texto e sentirá necessidade, muitas vezes, de comparar com outras passagens já lidas. Por isso leia ao menos: 3 capítulos por dia.

6. Leia o livro dos Atos dos Apóstolos
E a continuação natural do Evangelho de Lucas. Ele mesmo nos narra a vibrante ação do Espírito Santo após a Ascensão de Jesus.
Homens cheios do Espírito Santo, conduzidos por Ele. testemunham com poder Jesus, o Senhor, e iniciam comunidades cheias de vida.

7. Leia a Carta aos Romanos
E a carta mais rica em ensinamentos doutrinários. Principalmente, o vibrante ensinamento sobre a salvação gratuita que nos é dada mediante a fé.

8. Leia o Novo Testamento todo, duas vezes
Até esse ponto você terá lido, em cerca de 2 meses, os livros básicos do Novo Testamento. Você já tem um bom fundamento.
Inicie agora a leitura de todo o Novo Testamento vezes. Mesmo os livros que já foram lidos, você relê-los mais duas vezes, e faça sempre o diário.
Que beleza! Em menos de 1 ano você lerá todo o Novo Testamento duas vezes, e os livros mais importante você terá lido várias vezes. É uma graça.

OBSERVAÇÃO: Principalmente no início, algumas pessoas sentirão dificuldades em ler os 4 ou 3 capítulos previstos para cada dia. Esforce-se por fazê-lo. Mesmo que não consiga captar tudo, não faz mal.

Esta é uma primeira leitura. Como você está vendo, todos os livros do Novo Testamento serão relidos, uma, duas e até mais vezes. Portanto, tente acompanhar o ritmo.
Todavia, se não conseguir mesmo, leia menos, mas seja constante, todos os dias, e faça o diário espiritual.


QUADRO GERAL DA LEITURA

1. Ler a 1ª Carta de João 7 vezes (ler a carta inteira cada dia).
2. Ler o Evangelho de João 2 vezes (4 capítulos por dia).
3. Ler o Evangelho de Marcos 2 vezes (3 capítulos por dia).
4. Ler as Cartas de São Paulo:
Gálatas (3 capítulos por dia)
Efésios (3 capítulos por dia)
Filipenses (toda)
Colossenses (toda)
1ª Tessalonicenses (toda)
2ª Tessalonicenses (toda)
1ª Timóteo - (3 capítulos por dia)
2ª Timóteo - (toda)
Tito e Filemon (Juntas)
5. Ler o Evangelho de Lucas (3 capítulos por dia).
6. Ler os Atos dos Apóstolos (3 capítulos por dia).
7. Leia a carta aos Romanos (4 capítulos por dia).
8. Ler o Novo Testamento todo 2 vezes.
Fonte:A Bíblia foi escrita para você
Pe. Jonas Abib

Regras de Ouro para ler a Bíblia

1. Leia a Bíblia todos os dias parte 2

Eis a principal regra de ouro: ler a bíblia todos os dias. Sem exceção.Leia quando tiver vontade e quando não tiver também! É como remédio: com ou sem vontade, tomamos, porque é necessário. Com a Bíblia é a mesma coisa. E nos tempos em que vivemos, isso é premente.Assim como você alimenta o corpo todos os dias, alimente diariamente o seu espírito com a Palavra de Deus.Assim como tomamos banho todos os dias e, quando não podemos fazê-lo de manhã, à noite o corpo pede um banho, assim também se passa com a leitura da Bíblia: se você não conseguir ler durante o dia, sem que você se aperceba, o seu espírito ficará pedindo um banho da Palavra de Deus. Não deixe de dar ao seu espírito o que você dá ao seu corpo!Tem gente que não consegue dormir sem tomar banho; essas pessoas se viram e se reviram na cama sem dormir. Que eu e você sejamos assim: que não possamos dormir sem o banho da leitura da Palavra de Deus.
2. Tenha uma hora marcada para a Leitura
Para grande parte das pessoas, a melhor hora de ler é de manhã cedinho. Elas se levantam cedo para ler a Bíblia e fazer o seu trabalho com o Diário Espiritual, antes das outras ocupações e do começo do movimento em casa.Trata-se de um costume maravilhoso. É certamente o que mais rende.Além disso, tem-se a vantagem de iniciar logo cedo uma super-refeição e começamos o dia com força total.Há porém quem tenha dificuldades para fazer isso. São pessoas que, pela manhã, sentem-se pesadas, sonolentas. Parece que a cabeça não funciona. Elas não conseguem se concentrar. E não adianta fazer esforço, pois terminam por gastar tempo para alcançar pouco.Nada dá de estranho nisso. Existem muitas pessoas assim. talvez você seja uma delas. Essas pessoas em geral rendem mesmo à noite. Apesar do cansaço do dia, de noite sua mente fica desperta, ativa... Se para você o período bem for o noturno, não hesite: trabalhe com a Bíblia à noite.Fazer isso também tem vantagens: você prolonga a leitura até a hora que quiser e vai dormir com um bom conteúdo na mente. E o seu inconsciente com certeza vai trabalhar com todo esse material.Para muitas mães de família, o melhor momento é o meio da tarde, depois de terminar os trabalhos domésticos. Nessa hora, elas estão sossegadas, não havendo barulho nem movimento na casa, o que lhes permite trabalhar com a Bíblia.O importante é descobrir o melhor período para você. E fazer dele a sua hora marcada, sendo-lhe fiel, sem exceções.
3. Marque a duração da Leitura
Esta é outra regra de ouro: marque a duração da leitura e seja-lhe fiel.Seja sério consigo mesmo. É preferível 10 minutos todos os dias a ser levado pelo entusiasmo de quem começa e não ir em frente.Muitas pessoas que, de início, exigiram muito de si mesmas a fim de fazer com seriedade e constância esse trabalho, agora se confessam satisfeitas com o fato de que, passado certo tempo, sentiram um envolvimento e uma motivação tamanhos que a disciplina deixou de ser uma exigência. Do mesmo modo, dado o rigor com o qual encararam esse tempo para a leitura, hoje percebem que se tornou curto. Elas precisam de mais tempo. O trabalho ficou com gosto de "quero mais"... Pena que nem sempre seja possível.
4. Escolha um bom lugar
Ter o cantinho da gente é muito bom. E não precisamos de nada especial; o que importa é contar com um lugar tranqüilo, silencioso, que facilite a concentração e favoreça a criação de um clima de oração. Faz bem ir todos os dias para o nosso cantinho e nele fazer o nosso trabalho com a Bíblia.Lembre-se, todavia, que o lugar é uma coisa secundária: ele é apenas um meio para trabalharmos melhor e com maior resultado. Importante mesmo é, em qualquer lugar, em qualquer circunstância, realizar com dedicação a nossa tarefa.
5. Leia com lápis ou caneta na mão
Não se trata de simplesmente ler; devemos fazer uma leitura ativa. Um meio simples mas eficaz é ler com lápis ou caneta na mão. sublinhe as passagens mais importantes, tudo o que chamar a sua atenção, as coisas que lhe falaram e que o tocaram de modo especial. É até bom ter uma caneta de quatro cores e usar ora uma ora outra. Isso ajuda: põe trechos em destaque, diferencia.Utilize sinais que tenham sentido para você. Faça anotações. Não tenha medo de riscar a sua Bíblia: ela é um instrumento de trabalho. Você vai ficar com a Bíblia bem marcada; vai ser fácil você se lembrar das passagens e encontrá-las quando procurar. Além disso, isso facilita a concentração na leitura, o entendimento da mensagem e a impressão do que é lido na mente e no coração.
6. Faça tudo em espírito de oração
Você não está apenas lendo a Bíblia; você está buscando um encontro com a Palavra de Deus. Está a procura de um contato íntimo com a Palavra Viva do Deus, que fala a você.Trata-se de um diálogo: você escuta, você acolhe, você se toca, se sensibiliza, responde. É um encontro vivo entre pessoas vivas, um encontro de pessoas que se amam mutuamente. Muitos experimentaram essa relação.Experimente você também.O principal interesse de Deus não é tanto fazer você escutar, mas falar com você. Ele deseja instruir você. Quer conduzi-lo ao conhecimento da verdade. Por isso, esteja atento, fique alerta; mantenha-se numa atitude de expectativa. Deus tem algo de bem pessoal e concreto para lhe dizer!
Essa matéria foi tirada do Livro do Pe.Jonas Abib - "A Bíblia no meu dia a dia".... lá você vai encontrar tudo sobre como fazer o Estudo Bíblico!

A mãe e os irmãos de Jesus

Naquele tempo, 46enquanto Jesus estava falando às multidões, sua mãe e seus irmãos ficaram do lado de fora, procurando falar com ele.47Alguém disse a Jesus: “Olha! Tua mãe e teus irmãos estão aí fora, e querem falar contigo”. 48Jesus perguntou àquele que tinha falado: “Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?” 49E, estendendo a mão para os discípulos, Jesus disse: “Eis minha mãe e meus irmãos. 50Pois todo aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe”. (Mt 12, 46-50)

Vemos neste texto de que JESUS é interrompido de um sermão por alguém que diz: A sua mãe e os seus irmãos estão lá fora e querem falar com o senhor.
O que Ele disse quando foi informado que Sua mãe e Seus irmãos estavam ali, nesta ocasião, parece consistir em desprezo aos seus familiares, mas na realidade o significado é mais profundo do que isso.
Ao declarar que todo aquele que faz a vontade de Deus é a Sua família, Ele não estava renunciando à Sua família segundo a carne. Como filho mais velho, Ele continuou a cuidar do bem estar da Sua mãe. Isto foi comprovado quando, ao dar a Sua vida na cruz, Ele passou essa responsabilidade ao discípulo a quem ele amava.
Simplesmente Jesus define claramente que o parentesco de ordem humana, seja a mãe, os irmãos ou irmãs que ele tinha, não tem qualquer significação no Reino de Deus.
O relacionamento mais chegado do Senhor Jesus é com o Seu Pai, que está nos céus, o próprio Deus Pai. O único “parentesco” permanente que Ele pode ter é de ordem espiritual - e é com aqueles que fazem a vontade de Deus. A estes, Ele chama de meus irmãos.
Deixando de lado os laços sangüíneos, representado pelo parentesco segundo a carne com sua mãe e seus irmãos, o Senhor Jesus passará agora a ampliar o Seu ministério a todos aqueles que O receberem, sem distinção entre judeus e gentios. Não se dará mais exclusividade a Israel, devido à sua incredulidade e rejeição.
O relacionamento segundo a carne passa a ser inteiramente superado por afinidades espirituais. A obediência a Deus é agora o fator predominante e definitivo para estabelecer tais afinidades, sem outra distinção qualquer.
O mesmo se aplica a todo aquele que recebe Cristo como o seu Senhor e Salvador. Ele disse: Se alguém vem a mim e ama o seu pai, sua mãe, sua mulher, seus filhos, seus irmãos e irmãs, e até sua própria vida mais do que a mim, não pode ser meu discípulo. Nosso relacionamento espiritual com Cristo produz um vínculo maior do que nosso parentesco de sangue.
Um aspecto muito importante que deve ser esclarecido é sobre os irmãos de Jesus. Há dias uma das assíduas comentadoras da homilia diária perguntava sobre este aspecto.
Os irmãos de Jesus, como fica claro pelo próprio texto bíblico, eram filhos de Alfeu e sua esposa, e não de José e Maria. A dúvida sobre se Maria teve outros filhos só revela a Em diversos lugares o Evangelho fala desses ‘irmãos’. Assim, S. Marcos e S. Lucas referem que ‘estando Jesus a falar, disse-lhe alguém: eis que estão lá fora tua mãe e teus irmãos que querem ver-te” (Mt 12, 46-47; Mc 3, 31-32; Lc 8, 19-20; e também em Jo 7, 1-10).
Toda a pessoa que pergunte sobre os irmãos de Jesus somente revela a sua ignorância da própria Bíblia. Até porque as línguas hebraica e aramaica não possuem palavras que traduzam o nosso ‘primo’ ou ‘prima’, e serve-se da palavra ‘irmão’ ou ‘irmã’.
No Antigo Testamento encontramos e sobretudo em Gn 37, 16; 42, 15; 43, 5; 12, 8-14; 39, 15), sobrinhos, primos irmãos (1 Par 23, 21), e primos segundos (Lv 10, 4) - e até ‘parentes’ em geral (Job 19, 13-14; 42, 11). Há muitos exemplos na Sagrada Escritura. Lê-se no Gêneses que ‘Taré era pai de Abraão e de Harão, e que Harão gerou a Lot (Gn 11, 27), que, por conseguinte, vinha a ser sobrinho de Abraão. Contudo, no mesmo Gênesis, mais adiante, chama a Lot ‘irmão de Abraão’ (Gn 13, 3). ‘Disse Abraão a Lot: nós somos irmãos” (Gn 14, 14). Jacó se declara irmão de Labão, quando, na verdade, era filho de Rebeca, irmã de Labão (Gn 29, 12-15).
No Novo Testamento, fica claríssimo que os ‘irmãos de Jesus’ não eram filhos de Nossa Senhora. Os supostos ‘irmãos de Jesus’ são indicados por S. Marcos: “Não é este o carpinteiro, filho de Maria e irmão de Tiago, e de José, e de Judas e de Simão e não estão aqui conosco suas irmãs?” Tiago e Judas, conforme afirma S. Lucas, eram filhos de Alfeu e Cleófas: ‘Chamou Tiago, filho de Alfeu… e Judas, irmão de Tiago” (Lc 6, 15-16). E ainda: “Chamou Judas, irmão de Tiago” ( Lc 6, 16). Quanto a ‘José’, S. Mateus diz que é irmão de Tiago: “Entre os quais estava… Maria, mãe de Tiago e de José (Mt 27, 56). Em S. Mateus se lê: “Estavam ali (no calvário), a observar de longe…., Maria Mágdala, Maria, mãe de Tiago e de José, e a mãe dos filhos de Zebedeu”. Essa Maria, mãe de Tiago e José, não é a esposa de S. José, mas de Cleofas, conforme S. João (19, 25). Era também a irmã de Nossa Senhora, como se lê em S. João (19, 25): “Estavam junto à Cruz de Jesus sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria (esposa) de Cleofas, e Maria de Mágadala”. Simão, irmão dos três outros, ‘Tiago, José e Judas’ são verdadeiramente irmãos entre si, filhos do mesmo pai e da mesma mãe. Alfeu ou Cleophas é o pai deles.
Da mesma forma, se Nossa Senhora tivesse outros filhos, ela não teria ficado aos cuidados de S. João Evangelista, que não era da família, mas com seu filho mais velho, segundo ordenava a Lei de Moisés. Eis um dilema sem saída para os protestantes, pois os ‘irmãos de Jesus’ são filhos de Maria Cléofas e Alfeu.
Também decorre uma pergunta: Por que nunca os evangelhos chamam os ‘irmãos de Jesus’ de ‘filhos de Maria’ ou de ‘José’, como fazem em relação à Nosso Senhor? E por que, durante toda a vida da Sagrada Família, apenas conta-se três membros: Jesus, Maria e José?
A própria Sagrada Escritura demonstra que os supostos ‘irmãos’ de Jesus são seus primos e não seus irmãos carnais. Sua afirmação de que o trecho de S. Mateus tem duas passagens, uma referindo-se à filiação carnal e a segunda à filiação espiritual fica sem sentido, visto que não conferem com o texto bíblico. Até porque o parentesco de sangue não é sequer mencionado pelos seus irmãos nas cartas que escreveram e que se encontram no Novo Testamento, indicando que não davam valor a isso. Ao invés disso, eles se dizem servos de Jesus Cristo.
Portanto, Maria, é o templo divino, onde Deus fez sua morada. Nela, Deus realizou a nova e eterna aliança que é Jesus, trazendo-nos por meio de Seu Filho a salvação. Maria viveu para Deus, cumprindo sua vontade e colaborando com Ela na redenção. Hoje celebramos sua apresentação no Templo. Ela era o templo de Deus, categral iluminada, sonho do Pai eterno.
Fonte: Canção Nova

Qual o sentido da celebração das Cinzas?

A intenção deste sacramental é levar-nos ao arrependimento dos pecados
A Quarta-feira de Cinzas foi instituída há muito tempo na Igreja; marca o início da Quaresma, tempo de penitência e oração mais intensa. Para os antigos judeus se sentar sobre as cinzas já significava arrependimento dos pecados e volta para Deus. As Cinzas bentas e colocadas sobre as nossas cabeças nos fazem lembrar que vamos morrer; que somos pó e que ao pó da terra voltaremos (cf. Gn 3, 19) para que nosso corpo seja refeito por Deus de maneira gloriosa para não mais perecer.
A intenção deste sacramental é levar-nos ao arrependimento dos pecados, marcando o início da Quaresma; e fazer-nos lembrar que não podemos nos apegar a esta vida achando que a felicidade plena possa ser construída aqui. É uma ilusão perigosa. A morada definitiva é o céu.
A maioria das pessoas, mesmo os cristãos, passa a vida lutando para "construir o céu na terra". É um grande engano. Jamais construíremos o céu na terra; jamais a felicidade será perfeita no vale em que o pecado transformou num vale de lágrimas. Devemos, sim, lutar para deixar a vida na terra cada vez melhor, mas sem a ilusão de que ficaremos sempre aqui.
Deus dispôs tudo de modo que nada fosse sem fim aqui nesta vida. Qual seria o desígnio do Senhor nisso? A cada dia de nossa vida temos de renovar uma série de procedimentos: dormir, tomar banho, alimentar-nos, etc... Tudo é precário, nada é duradouro, tudo deve ser repetido todos os dias. A própria manutenção da vida depende do bater interminável do cora­ção e do respirar contínuo dos pulmões. Todo o organismo repete, sem cessar, suas operações para a vida se manter. Tudo é transitório... nada eterno. Toda criança se tornará um dia adulta e, depois, idosa. Toda flor que se abre logo estará murcha; todo dia que nasce logo se esvai... e assim tudo passa, tudo é transi­tório.
Por que será? Qual a razão de nada ser duradouro? Com­pra-se uma camisa nova e, logo, já está surrada; compra-se um carro novo e, logo, ele estará bastante rodado e vencido por novos modelos, e assim por diante.
A razão inexorável dessa precariedade das coisas também está nos planos de Deus. A marca da vida é a renovação. Tudo nasce, cresce, vive, amadurece e morre. A razão profunda dessa realidade tão transitória é a lição cotidiana que o Senhor nos quer dar de que esta vida é apenas uma passagem, um aperfeiçoamento, em busca de uma vida duradoura, eterna, perene.
Em cada flor que murcha e em cada homem que falece, sinto Deus nos dizer: "Não se prendam a esta vida transitória. Preparem-se para aquela que é eterna, quando tudo será duradouro, e nada precisará ser renovado dia a dia."
E isso mostra-nos também que a vida está em nós, mas não é nossa. Quando vemos uma bela rosa murchar é como se ela estivesse nos dizendo que a beleza está nela, mas não lhe pertence.
Ainda assim, mesmo com essa lição permanente que Deus nos dá, muitos de nós somos levados a viver como aquele homem rico da parábola narrada por Jesus. Ele abarrotou seus celeiros de víveres e disse à sua alma: "Descansa, come, bebe e regala-te" (Lc 12,19b); ao que o Senhor lhe disse: "Insensato! Nesta noite ainda exigirão de ti a tua alma" (Lc 12,20).
A efemeridade das coisas é a maneira mais prática e cons­tante encontrada por Deus para nos dizer, a cada momento, que aquilo que não passa, que não se esvai, que não morre, é aquilo de bom que fazemos para nós mesmos e, principalmente, para os outros. Os talentos multiplicados no dia a dia, a perfei­ção da alma buscada na longa caminhada de uma vida de me­ditação, de oração, de piedade, essas são as coisas que não passam, que o vento do tempo não leva e que, finalmente, nos abrirão as portas da vida eterna e definitiva, quando "Deus será tudo em todos" (cf. 1 Cor 15,28).
A transitoriedade de tudo o que está sob os nossos olhos deve nos convencer de que só viveremos bem esta vida se a vivermos para os outros e para Deus. São João Bosco dizia que "Deus nos fez para os outros". Só o amor, a caridade, o oposto do egoísmo, pode nos levar a compreender a verdadeira di­mensão da vida e a necessidade da efemeridade terrena.
Se a vida na terra fosse incorruptível, muitos de nós jamais pensarí­amos em Deus e no céu. Acontece que o Todo-poderoso tem para nós algo mais excelente, aquela vida que levou São Paulo a exclamar:
"Coisas que os olhos não viram, nem os ouvidos ouviram, nem o coração humano imaginou (Is 64,4), tais são os bens que Deus tem preparado para aqueles que o amam" (1 Cor 2,9).
A corruptibilidade das coisas da vida deve nos convencer de que Deus quer para nós uma vida muito melhor do que esta - uma vida junto d'Ele. E, para tal, o Senhor não quer que nos acostumemos com esta [vida], mas que busquemos a outra com alegria, onde não have­rá mais sol porque o próprio Deus será a luz, nem haverá mais choro nem lágrimas.
Aqueles que não creem na eternidade jamais se confor­marão com a precariedade desta vida terrena, pois sempre so­nharão com a construção do céu nesta terra. Para os que creem a efemeridade tem sentido: a vida “não será tirada, mas transformada”; o "corpo corruptível se revestirá da incorrupti­bilidade" (cf 1Cor 15,54) em Jesus Cristo.
Santa Teresinha não se cansava de exclamar:
“Tenho sede do Céu, dessa mansão bem-aventurada, onde se amará Jesus sem restrições. Mas, para lá chegar é preciso sofrer e chorar; pois bem! Quero sofrer tudo o que aprouver a meu Bem Amado, quero deixar que Ele faça de sua bolinha o que Ele quiser”.
São Paulo lembrou aos filipenses: “Nós somos cidadãos do Céu!. É de lá que também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo. Ele transformará nosso corpo miserável, para que seja conforme o seu corpo glorioso, em virtude do poder que tem de submeter a si toda a criatura” (Fl 3, 20-21).
A esperança do Céu e da Sua glória fazia o Apóstolo dizer:
“Os olhos não viram, nem ouvidos ouviram, nem o coração humano imaginou (Is 64,4), o que Deus tem preparado para aqueles que o amam” (1 Cor 2,9).
E essa esperança lhe dava as forças necessárias para vencer as tribulações: “Tenho para mim que os sofrimentos da vida presente não têm proporção alguma com a glória futura que nos deve ser manifestada” (Rom 8,18).
Este é o sentido das Cinzas.
Felipe Aquinofelipeaquino@cancaonova.com Fonte: Canção nova

De Adão a Cristo - Deus não tem fronteiras para transformar corações

Cada vez mais eu me convenço de que a arte é um processo redentor. Redenção é esta experiência que podemos fazer de ser retirados de um lugar inferior e ser colocados num lugar nobre. É ser levados da condição "Adâmica" à condição "Crística". Deus tira o ser humano da miséria do pecado e o leva à redenção. O Gênesis é uma história contada de forma metafórica para que entendamos uma verdade que não pode ser compreendida com facilidade. A história de Adão e Eva nos mostra o início do processo redentor, pois o início da nossa redenção está no contato do ser humano com a sua fragilidade, que acontece com a primeira queda.
Quando olhamos para uma criança recém-nascida e um padre nos explica que aquele bebê é pecador, é difícil de entendermos isso, pois é uma criança e não nos passa uma imagem de pecado pela inocência que traz em si. O contexto do pecado original se dá quando temos a consciência de que a criança nasceu da raiz "Adâmica" e não porque ela tenha atos pecaminosos; se eu sou humano, eu sou marcado pelo limite original por fazer parte dessa raiz. Limite é quando sabemos que temos condições precárias. O nosso corpo, por exemplo, tem limites, nossa pele tem limites, pois se nos expormos ao sol forte vamos nos queimar além do limite.
O conceito de limite não é contrário ao humano, ele lembra que não podemos fazer algo que nos faça mal. O problema é quando desconsideramos o limite, que é próprio de nossa humanidade e isso se torna pecado, ou seja, o pecado entra verdadeiramente na nossa vida no dia em que temos consciência dos limites da nossa vida e mesmo assim nos expomos a eles.
A partir do momento em que eu saio do limite, eu caio no pecado. O primeiro pecado da humanidade foi justamente sair do limite. O paraíso é um lugar que foi cercado para que ninguém se perdesse, pois Deus estava ali, é o lugar do encontro, não é prisão. Delimitar o espaço é você proporcionar a alguém a experiência do encontro. Portanto, se você realmente deseja ajudar alguém a chegar a algum lugar, você vai se empenhar em limitar ao máximo a informação que você dá a essa pessoa; mas aí é que está o perigo, quando nós pedimos a informação para alguém que não está muito feliz ou não está muito desejoso de que a gente chegue ao destino.
O primeiro pecado, a queda original, aconteceu porque alguém não compreendeu o conceito de limite, não compreendeu o espaço delimitado e se perdeu. O conceito de limite está cada vez mais claro dentro de nós e por isso seremos mais exigidos, como Deus nos diz: “Quanto mais for dado, muito mais será exigido”.
Jesus nos diz que é impossível viver servindo a dois senhores. Não é possível viver duas realidades que naturalmente não se conciliam. Seus limites precisam ser aclarados, nós precisamos cada vez mais saber sobre o que nós podemos e o que não podemos. O que Cristo realiza na condição de Adão atinge a todos nós, a "cristificação" do universo está acontecendo em nós agora, mas só tomamos posse disso quando estabelecemos o limite do nosso território, quando reconhecemos o nosso paraíso e tomamos conta dele.
O papel do artista de hoje é anunciar as belezas do paraíso, as belezas do limite. É transformar a pedra em ouro, é devolver a graça ao desgraçado; é devolver o sorriso a quem não sabe mais sorrir. Eu estou cada vez mais assustado com o que apresentam às nossas crianças como arte. Se você não fechar as portas do seu paraíso para aquilo que eles oferecem como forma de entretenimento, você terá grandes problemas com seus filhos à medida que eles forem crescendo. O tipo de arte secular que hoje é oferecido a nós e às nossas crianças não molda caráter de ninguém, por isso, devemos ter cuidado com aquilo que deixamos entrar em nossas casas, pois nossos paraísos estão sendo ameaçados continuamente.
Quantas coisas vemos por aí que nos parecem inocentes, mas não o são. Precisamos fazer o exercício diário de analisar aquilo que entra em nossas casas. Será que estamos fazendo o esforço necessário para chegar à Glória do Cristo? Você pega uma criança e tudo o que você fala a ela, as danças que ela aprende e as coisas que ela vê de nós vão sendo registradas na mente dela.
Precisamos saber que é necessário, a cada dia, preservar o nosso encontro com o Senhor, pois se não vivemos esta transição de Adão para o Cristo, o que não será fácil, nos perdemos pelo caminho. Quando o "Adão" vence dentro de nós ou quando "Eva" vence dentro de nós, sabemos muito bem quais são os efeitos disso em nós. Mas quando o Cristo vence dentro de nós, podemos experimentar coisas maravilhosas. Quando olhamos para o que éramos e para o que Cristo nos tornou hoje, vemos a ponte que já atravessamos.
O bom é que sempre teremos duas figuras para observar, podemos perceber o quanto que nós conseguimos ser iguais a Adão e isso não requer esforços. Agora se você colocar ao lado de Adão a condição de Jesus, o jeito como Cristo viveu, o que Ele falava, a maneira como que Ele via as coisas, aí você verá a diferença, e para ser igual a Ele dá trabalho.
Deus não tem fronteiras para transformar corações, Ele não precisa de tempo para transformar nossos corações. A qualquer tempo, a qualquer hora Ele pode nos transformar, pode nos convencer de sairmos da condição de "Adão" ou da condição de "Eva". A condição "Crística" é como uma pedra preciosa e se nós não enfiarmos as mãos nesta terra, se nós não enfiarmos a mão neste "barro de Adão", nunca iremos conseguir retirar esta pedra. Vamos morrer possuindo uma riqueza, mas sem tê-la nas mãos.
Que tudo aquilo que for falado, que tudo aquilo que for ritualizado nos leve ao Cristo, nosso destino é o Cristo, é para Ele que fomos feitos e n'Ele que precisamos ser reconfigurados. A arte é o desafio de tirarmos os pesos que pesam sobre a humanidade, é o alívio de Deus na experiência humana. É ter a possibilidade de proclamar com o corpo e com a arte que Deus é redentor e que o limite estabelecido é o lugar onde a redenção acontece.
O que hoje você poderia pedir que Deus modificasse em você? Qual é a arte que Deus poderia fazer em você hoje? Nós, muitas vezes, somos como uma pedra, um mármore que precisa ser talhado. Hoje o Senhor está aqui e quer nos atingir, quer tirar de nós todos os "excessos", todas as "arestas" que fazem com que nos esbarremos sem alcançar aquilo de que precisamos.
O seu caminho é o Cristo, o seu destino é o Cristo!
Pe. Fábio de Melo

Tenho reclamado tanto... Virou vício! Como me libertar?

Tem gente que reclama de tudo! Reclama tanto que já conseguiu fazer da reclamação um hábito, uma doença que possui força para estragar relacionamentos e tornar a vida uma fruta sempre amarga. É gente que reclama e se sente no pleno direito de fazê-lo sempre, sem entender que existem pessoas que se comportam de um modo diferente!Pessoas assim, reclamadoras e "problemocêntricas", não entenderam que é absurdo e pouco inteligente ficar correndo atrás dos beija-flores... É preciso, sim, cuidar dos jardins, rosas e todas as flores para que venham até nós! Quem vive assim está entendendo o sentido da vida e o segredo da felicidade!E você? Reclama ou cultiva flores?Ricardo Sá

terça-feira, 15 de junho de 2010

OFERTÓRIO DA MISSA

O Ofertório é a parte da Missa, logo a seguir à Oração dos Fiéis, em que o Pão e o Vinho, e outras oferendas, bem como a colecta da Comunidade, são apresentados sobre o altar pelo sacerdote celebrante e que hão-de ser transformados no Corpo e Sangue de Cristo.
No Missal antigo (de S. Pio V, chamado "Tridentino")o Ofertório era considerado uma das três partes principais da Missa, (com a Consagração e a Comunhão do sacerdote).
As cinco orações que acompanhavam este rito, no Missal antigo, datam apenas da Idade Média e refletem a duplicação de algumas partes do Cânon Romano.
A cerimónia de oferecer Pão e Vinho desenvolveu-se e difundiu-se a partir de um rito simples que depois foi elaborado no rito do dito Missal de S. pio V (1566-1572).
Presentemente ao Ofertório da Missa com que começa a LITURGIA EUCARÍSTICA, chama-se o Rito da Preparação das Oferendas, segundo a (Instrução Geral do Missal Romano) que diz :
49. - É de louvar a apresentação do pão e do vinho pelos fiéis. Embora, hoje em dia, os fiéis já não ofereçam do seu próprio pão e vinho para a celebração litúrgica, como se fazia noutros tempos, no entanto, o rito desta oferta conserva ainda o significado espiritual.
Além do pão e do vinho, são permitidas ofertas em dinheiro e outros dons, destinados aos pobres ou à Igreja, e tanto podem ser trazidos pelos fiéis como recolhidos dentro da lgreja.
50. - A procissão em que se faz a apresentação dos dons é acompanhada do canto do Ofertório (...) A antífona do Ofertório, se não é cantado, omite-se.
Estes textos são muito mais breves do que os do antigo Missal.
Antigamente os fiéis ofereciam os seus frutos, mas hoje tudo é substituído por dinheiro, não só por ser mais fácil e mais acessível, mas também porque nem toda a gente tem as suas terras para colher os frutos.
Todavia o significado é o mesmo porque é o fruto do trabalho e além disso, os fiéis, como membros da Comunidade têm que contribuir para as despesas da Igreja e para a sustentação do clero em cumprimento do 5º Preceito da Igreja :
O quinto Preceito ("Contribuir para as despesas do culto e para a sustentação do clero segundo os legítimos usos e costumes e as determinações da Igreja"), aponta aos fiéis a obrigação de, conforme as suas possibilidades, "prover às necessidades da Igreja, de forma que ela possa dispor do necessário para o culto divino, para as obras apostólicas e de caridade e para a honesta sustentação dos seus ministros".
Mas, para além do cumprimento do 5º Preceito da Igreja, o Ofertório é a contribuição dos fiéis para o Sacrifício Eucarístico, que o celebrante apresenta sobre o altar como «fruto da terra e do trabalho do homem» e «como fruto da videira e do trabalho do homem», que é também a contribuição dos fiéis para o «Banquete Eucarístico».
Segundo o significado desta contribuição, duas coisas deviam ficar bem presentes no pensamento e no coração de cada um :
1ª- Não faz sentido que não contribua para o Ofertório quem se apresenta para o «Banquete Eucarístico» (Comunhão).
2ª- Não faz sentido que alguém contribua para o Ofertório se não pode ou não quer tomar parte no «Banquete Eucarístico» (Comunhão).
Parece que uma coisa exige ou supõe a outra.
Mas, como para o «Banquete Eucarístico» é necessário e indispensável estar em graça de Deus (túnica nupcial), todo o mistério da Celebração Eucarística (Ofertório e Banquete Eucarístico), é um sério compromisso e uma exigência absoluta, que ajudam a viver na graça de Deus e promovem uma vida espiritual mais profunda e intensa, porque, por um lado, não se pode tomar parte no Banquete Eucarístico (Comunhão) sem estar em graça de Deus, e por outro lado, não tem sentido participar na Celebração Eucarística e não tomar parte no «Banquete Eucarístico» que é a Comunhão.
Assim o recomenda S. Paulo :
- Portanto, sempre que comerdes este pão e beberdes este cálice, anunciais a morte do Senhor até que Ele venha. E, assim, todo aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor indignamente será réu do corpo e do sangue do Senhor. Examine-se cada qual a si mesmo e, então, coma desse pão e beba desse cálice. Aquele que come e bebe, sem distinguir o corpo do Senhor, come e bebe a sua própria condenação.(1 Cor.11,26-29).
Faltar a este compromisso e ser infiel a tais exigências, significa a prática do sacrilégio e a perda de todos os Frutos da Missa.
Assunto para uma séria reflexão de cada um de nós...

domingo, 13 de junho de 2010

A confiabilidade histórica dos Evangelhos

Uma das principais objeções de pessoas não cristãs (principalmente ateus) aos 4 Evangelhos se deve à sua confiabilidade histórica. Para eles os Evangelhos não são historicamente confiáveis porque segundo sua opinião, eles relatam lendas, coisas impossíveis de acontecerem no mundo real. É claro que esta objeção refere-se aos milagres. Eles comparam os Evangelhos à Mitologia Grega, que embora cite lugares reais e até pessoas que tenham existido historicamente, não passa de pura fantasia.

Eles - os ateus - que se consideram homens da ciência, será que basearam suas objeções em constatações resultantes de um minuncioso estudo acadêmico ou simplismente conjecturaram com base na sua filosofia materialista-naturalista?
Será que os 4 Evangelhos passariam por uma análise crítica da Academia? O que será que a Academia tem a dizer sobre a confiabilidade histórica dos Santos Evangelhos?
1a. Análise: A Verificação da Autoria dos Evangelhos
A verificação de se os Evangelhos foram escritos por testemunhas oculares é muito importante para a análise de sua da confiabilidade histórica. O testemunho ocular, geralmente é determinante e persuasivo. O ponto máximo de um julgamento será o instante em que a testemunha apontar o réu com autor do crime na sala do tribunal. Poderá isso ser o bastante para condenar o réu à prisão, ou ainda coisa pior. Até mesmos os sistemas jurídicos mais antigos utilizaram testemunhas oculares para finalizar um caso, tal é a o grau de importância de sua palavra para atestar a verdade.
Os 4 Evangelhos são comumente conhecidos como autoria de Mateus, Marcos, Lucas e João. Mas será que alguém não teria algum motivo para mentir e atribuir a autoria dos Evangelhos àquelas pessoas, quando na verdade não o fizeram? Na opinião do estudioso Craig L. Blomberg (1) isso é pouquíssimo provável por se tratar de pessoas bem singulares. "Marcos e Lucas nem sequer pertenciam ao grupo dos 12. Mateus sim, mas era odiado porque fora coletor de impostos; portanto, depois de Judas Iscariotes (que traiu Jesus!), seria ele a figura mais abominável. Compare isso com o que aconteceu quando os fantasiosos evangelhos apócrifos foram escritos muito tempo depois. As pessoas atribuíram sua autoria a personagens conhecidos e exemplares: Filipe, Pedro, Maria Madalena e Tiago. Esses nomes tinham muito mais prestígio que os de Mateus, Marcos e Lucas. (...) não háveria por que conferir a autoria a esses três indivíduos menos respeitáveis se não fossem de fato os verdadeiros autores." (2)
E o que dizer sobre o Evangelho de João? Ora, João era um dos 12 e era um dos três apóstolos mais íntimos de Jesus. "O mais interessante é que o evangelho de João é o único sobre o qual paira uma certa dúvida quanto à autoria. (...) Não há dúvida quanto ao nome do autor: era João mesmo. A questão é que não se sabe se foi João, o apóstolo, ou se foi outro. Segundo o testemunho de um escritor cristão chamado Pápias , em aproximadamente 125 d.C., havia João, o apóstolo, e João, o ancião, mas o contexto não deixa claro se ele se referia a uma única pessoa de duas perspectivas distintas ou a pessoas diferentes. Fora essa exceção, todos os demais testemunhos afirmam unanimemente que foi João, o apóstolo, o filho de Zebedeu, quem escreveu o evangelho." (3).
É importante notar que os Evangelhos na verdade são anônimos. Ora, se assim são, como é que lhes foi atribuída alguma autoria? A autoria dos Evangelhos foi transmitida ao longo do tempo através da Tradição da Igreja Católica. São testemunhos tão antigos, que remontam o tempo em que ainda estavam vivas pessoas que conheceram os Evangelistas, ou apóstolos. Qual é a importância disto? Ora, se fosse a autoria dos Evangelhos fosse falsamente atribuída a Mateus, Marcos, Lucas e João, as pessoas que viveram entre eles contestariam tal coisa. No entanto, não há qualquer registro sobre tal fato, pelo contrário, autoria dos Evangelhos nunca foi questão de disputa entre os primeiros cristãos.
O testemunho mais antigo e portanto o mais significativo é do Pápias. Vejamos:
Sobre o Evangelho de Mateus: "Mateus reuniu, de forma ordenada, na língua hebraica, as sentenças [de Jesus] e cada um as interpretava conforme sua capacidade". (Pápias de Hierápolis, Fragmentos. Séc. II).
Sobre o Evangelho de Marcos: "O presbítero também dizia o seguinte: 'Marcos, intérprete de Pedro, fielmente escreveu - embora de forma desordenada - tudo o que recordava sobre as palavras e atos do Senhor. De fato, ele não tinha escutado o Senhor, nem o seguido. Mas, como já dissemos, mais tarde seguiu a Pedro, que o instruía conforme o necessário, mas não compondo um relato ordenado das sentenças do Senhor. Portanto, Marcos em momento algum errou ao escrever as coisas conforme recordava. Sua preocupação era apenas uma: não omitir nada do que havia ouvido, nem falsificar o que transmitia'". (Pápias de Hierápolis, Fragmentos. Séc. II).
Santo Ireneu de Lião, no final do séc II também pôe por escrito o testemunho dos antigos quanto à autoria dos Evangelhos:
"Mateus, no entanto, publicou entre os hebreus em sua própria língua um Evangelho escrito, enquanto Pedro e Paulo anunciavam a boa nova em Roma e lançavam os fundamentos da Igreja. Mas, após a morte deles, Marcos, discípulo e intérprete de Pedro, transmitiu-nos por escrito igualmente o que Pedro pregara. Lucas, porém, companheiro de Paulo, deixou num livro o Evangelho pregado por este último. Enfim, João, o discípulo que reclinou sobre o peito do Senhor [cf. Jô 13,25. 21,20], publicou também ele um evangelho, enquanto residia em Éfeso, na Ásia" (Contra as Heresias, séc II)
Por tanto temos aqui o testemunho de Pápias (que foi discípulo pessoal de São João e companheiro de São Policarpo outro discípulo pessoal de São João) e de Santo Ireneu, que fora discípulo pessoal de São Policarpo. Os estudiosos consideram seus testemunhos muito confiáveis devido à proximidade que possuíam com a era apostólica.
(1) Craig L. Blomberg, Ph. D. Condiserado uma das maiores autoridades sobre as biografias de Jesus nos EUA. Doutor em Novo Testamento pela Aberdeeen University, Escócia, tornando-se posteriormente pesquisador sênior da Tyndale House, na Universidade de Cambridge, Inglaterra. Leciona Novo Testamento no seminário de Denver. Autor dos livros "Jesus and the gospels: interpreting the parables"; "How wide the divide?"; "Jesus under fire" entre outros. É membro da Sociedade para Estudo do Novo Testamento, da Sociedade de Literatura Bíblica e do Instituto de Pesquisas Bíblicas.
(2) Lee Strobel, Em defesa de Cristo, pg. 28. Editora Vida, 2001. Tradução de Antivan Guimarães Mendes.
(3) Lee Strobel, Em defesa de Cristo, pg. 29. Editora Vida, 2001. Tradução de Antivan Guimarães Mendes.
2a. Análise: A Integridade das Informações Constantes nos Evangelhos
Será que as informações contantes nos Evangelhos foram preservadas de modo seguro até serem colocadas por escrito?
Sabemos agora que os Evangelhos procedem direta ou indiretamente do testemunho ocular. Mas será que as informaçoes que eles contêm foram preservadas de modo confiável até que fossem postas por escrito anos mais tarde?
Essa é mais uma das objeções de não cristãos em relação à confiabilidade histórica dos Evangelhos. Um exemplo desta objeção está na obra "A history of God", da ex-freira Karen Armstong:
"Sabemos muito pouco sobre Jesus. O primeiro relato mais abrangente sobre sua vida aparece no evangelho segundo São Marcus, que só foi escrito por volta do ano 70, cerca de 40 anos depois de sua morte. Àquela altura, os fatos históricos achavam-se misturados a elementos míticos que expressavam o significado que Jesus havia adquirido para seus seguidores. É esse signficado, basicamente, que o evangelista nos apresenta, e não uma descrição direta e confiável" (1)
Em poucas palavras, para a senhora Armstong os Evangelhos foram escritos muito tempo depois da ocorrência dos acontecimentos, o que levou-os a terem sua redação contaminada por lendas que se desenvolveram durante esse período. Se repararmos bem, há dois pontos a serem tratados nesta objeção: a data da redação dos evangelhos e o segundo é se eles foram contaminados por lendas.
a) A data da redação dos Evangelhos
As datas estabelecidas no meio acadêmico, mesmo nos círculos mais liberais, situam Marcos nos anos da década de 70, Mateus e Lucas na década de 80, e João na década de 90 (2). Há estudiosos como o já mensionado Dr. Craig Blomberg que defendem uma data mais recente para os Evangelhos. Segundo ele: "Atos termina, aparentemente, sem um conclusão. Paulo é a personagem principal do livro, e se encontra preso em Roma. É assim, abruptamente, que o livro acaba. O que acontece com Paulo? Atos não nos diz, provavelmente porque o livro foi escrito antes da morte dele. (...) Isso significa que o livro de Atos não pode ser posterior a 62. d.C. Assim, podemos recuar a partir desse ponto. Uma vez que Atos é o segundo tomo de um volume duplo, sabemos que o primeiro tomo - o evangelho de Lucas - deve ter sido escrito antes dessa data. E ja que Lucas inclui parte do evangelho de Marcos, isto significa que Marcos é ainda mais antigo. Se trabalharmos com a margem aproximada de um ano para cada um, chegaremos à conclusão de que Marcus foi escrito por volta de 60 d.C., talvez até mesmo em fins da década de 50. Se Jesus foi morto em 30 ou 33 d.C., temos aí um intervalo de, no máximo, 30 anos aproximadamente."(2)
Nestas datas ainda viviam testemunhas oculares da vida de Jesus, tanto aquelas que gostavam Dele, quanto àquelas que lhe foram hostis. E estas últimas serviriam de parâmetro de contestação caso houvesse nos Evangelhos algo estranho à vida de Jesus. Pouca gente sabe mas as duas biografias mais antigas sobre Alexandre, o Grande, foram escritas por Ariano e Plutarco depois de mais de 400 anos de sua morte, ocorrida em 323 a. C. E no entanto, os historiadores as consideram muito confiáveis. Se compararmos estes dados com as datas aceitas pela Academia em relação aos Evangelhos, podemos afirmar que os Evangelhos são notícia de última hora.
b) Hove tempo para que os Evangelhos tivessem sido contaminados por lendas?
Neste intervalo de 30, ou -no pior das hipóteses- 40 anos entre os acontecimentos e a redação dos Evangelhos, será que foi possível o surgimento de lendas acerca de Jesus? Novamente retomando o caso de Alexandre, o Grande, todo material considerado lendário sobre ele só apareceu após as duas biografias antes mencionadas. Isso significa que por 500 anos a história de Alexandre ficou intacta.
Podemos ainda comparar os Evangelhos com outras literaturas. Por exemplo, embora as Gathas de Zoroastro, que datam de 1000 a.C. sejam consideradas autências pela maioria dos estudiosos, grande parte de suas escrituras do zoroatrismo só foram postas por escrito no séc. III d.C. A biografia pársi mais popular de Zoroastro foi escrita em 1278 d.C. Buda que viveu no séc VI a.C., só teve sua doutrina e vida registrados no séc. I d.C. E ainda, as palavras de Mamoé foram registradas no Alcorão entre 570 e 632 d.C., mas sua biografia só foi escrita em 767, mais de um séc. depois de sua morte. Não é sem motivo que diante destas informações da Academia, o Dr. Edwin M. Yamauchi (um dos mais conceituados especialistas sobre história antiga da atualidade) declara: "O fato é que temos uma documentação histórica de melhor qualidade sobre Jesus do que sobre o fundador de qualquer outra religião." (4).
Há ainda aqueles que afirmam que os evangelistas fantasiaram os relatos sobre a vida de Jesus fazendo empréstimos de lendas. Por exemplo, acusam os evangelistas de basearem os milagres e ressurreição de Jesus na biografia do fabuloso Apolônio. Segundo esta biografia, Apolônio de Tiana, foi um homem que viveu no séc. I, que teria curado pessoas e exorcizado demônios, ressussitado uma jovem dentre os mortos, e ainda que teria aparecido a alguns de seus seguidores depois de ter morrido. Impressionante não a semelhança com Jesus não?
Filostrato redigiu a biografia de Apolônio a mais de um século e meio depois da sua morte, enquanto os Evangelhos foram escritos por pessoas contemporâneas de Jesus, e num intervalo de tempo pelo menos 3 vezes menor. Os relatos sobre os milagres de Jesus e sua ressureição são corroborados por diversas fontes como os escritos do Apóstolo Paulo (que datam entre 35 a 40 d.C, por tanto anteriores aos Evangelhos), Flávio Josefo (historiador Judeu do séc. I) , o Talmude (obra que compila toda a doutrina judaica, não nega os milagres de Jesus, no entanto atriubuia tais práticas à magia.) entre outros. No caso de Apolônio, nenhuma outra fonte corrobora seus relatos.
Filostrato foi incubido pela imperatriz XXX de escrever uma biografia para dedicar um templo a Apolônio. Ora, ela era seguidora de Apolônio, assim Filostrato teria um motivo financeiro para embelezar a história. O que não ocorre no caso dos Evangelhos. Os evangelistas não tinham nada a ganhar e sim muito a perder, por causa da perseguissão movida por judeus e Roma. Filostrato escreveu a biografia de Apolônio no início do séc. III, na Capadócia, onde o Cristianismo já estava bem estabelecido. Por tanto, se houve algum empréstimo, foi da parte de Filostrato e não dos evangelistas.
É com consenso entre os especialistas em histórias antigas que no mundo antigo as lendas não surgiam do dia para a noite, era preciso pelo menos um intervalo de 200 a 300 anos para que uma lenda se formasse e se estabelecesse. Isso isenta os Evangelhos de terem sido contaminados por lendas qualquer tipo de lenda.
Conclusão
Num tribunal o depoimento de uma testemunha é sempre colocado em prova, através da verificação de sua capacidade de ver o que acontecera, é questionada a sua precisão e relatar fatos, procuram achar inconsistências nos testemunhos e procuram levantar dúvidas sobre o caráter das testemunhas. A identificação de qualquer uma destas inconsistências leva qualquer depoimento ao descrédito. Os avanços nas descobertas arqueológicas confirmam a exatidão dos relatos evangélicos em relação a lugares e pessoas históricas (5). Interessante notar como as objeções levantadas principalmente por ateus - que se acham os homens da ciência - não sobrevivem por uma análise crítica da Academia.
(1) Armstrong, A history of God. p. 79
(2) Paul Barnett. Is the New Testament history? Ann Arbor, Vine, 1986. Craig Blomberg. The historical reliability of the gospels. Downers Grove, InterVarsity, 1987. F. F. Bruce. Merece confiança o Novo Testamento? 2. ed. Trad. Waldyr Carvalho Luz. São Paulo, Vida Nova, 1990.
(3) Lee Strobel, Em defesa de Cristo. pg 43. Editora Vida, 2001. Tradução de Antivan Guimarães Mendes.
(4) Lee Strobel, Em defesa de Cristo. pg 112. Editora Vida, 2001. Tradução de Antivan Guimarães Mendes.
(5) Jack Finegan. The Archaeology of the New Testament. Princeton, Princeton Univ. Press. 1992. John McRay. Archaeology and the New Testament. Grand Rapids, Baker, 1991. J. A Thompson. The Bible and Archaeology. Grand Rapids, Eerdmans, 1975. Edwin Yamauchi. The stones and the Scriptures. New York, J. B. Lippencott, 1972.

O Papa mudou o sábado para o domingo como alegam os adventistas?

No primeiro dia da semana, estando nós reunidos para partir o pão, Paulo, que havia de viajar no dia seguinte, conversava com os discípulos e prolongou a palestra até a meia-noite" (At 20,7).Os adventistas que se pautam nos escritos da Sra. Ellen White, dizem que foi o Papa que alterou a observância do Dia do Senhor do Sábado para o Domingo. Neste trabalho confrontaremos os argumentos adventistas, com a história da Igreja e a Sagrada Escritura mostrando se realmente tais acusações procedem.
As afirmações de Ellen White sobre o Domingo
Relatando uma de suas “visões” assim Ellen White se expressa:
"Eu vi que Deus não mudou o Sábado, pois Ele nunca muda. Mas o Papa o mudou, do sétimo para o primeiro dia da semana, pois ele mudaria os tempos e as leis" (1).
"Numa visão dada em Junho 27, 1850, O anjo que me acompanhava disse, ‘O tempo está quase no fim. [...] O papa mudou o dia de descanso do sétimo para o primeiro dia da semana” (2).
Diz ela que quem adorar a Deus no Domingo receberá a Marca da Besta:
“Eu vi que todos os que ‘não receberam a marca da Besta, e sua imagem, nas suas testas ou em suas mãos’ não poderiam comprar nem vender nada.[ Ap. 13: 15--17.] Eu vi que o número (666) da Besta tinha se completado; [Ap. 13: 18.] e que foi a Besta que mudou o Sábado, e que os que tinham a imagem da besta a seguiram, e obedeceram o sábado do Papa, e não o de Deus. E tudo o que nos foi requerido é que deixássemos o Sábado de Deus, para guardar o do Papa, e, então, NÒS teríamos a marca da Besta e de sua imagem” (3).
Que Papa mudou o Sábado para o Domingo? É claro que a Sra. Ellen White não disse, pois aí seria muito fácil desmascarar a sua mentira.
Quem foi o Papa que “alterou” a Lei de Deus?
Como a pseudoprofetisa do Adventismo não revelou que Papa foi esse (e por razões óbvias), deixou aos seus seguidores o encargo de descobrir... Claro! O diabo gosta de brincar com as almas de boa fé, distraindo-as enquanto as encaminha para o inferno.
Em 1977, Robert L. Odom declara numa importante revista adventista (4) que foi o Papa Silvestre quem efetuou a mudança do Sábado para o Domingo. Para isto se baseia em trechos da obra de Rubano Mauro (776-856), antigo abade de Fulda, depois Bispo de Mainz (Alemanha), onde lemos:
“O Papa Silvestre instruiu os clérigos a guardar as feriae [feriados]. E, de fato, baseando-se numa antiga tradição, ele chamou o primeiro dia (da semana) de "Dia do Senhor!", no qual a luz foi feita no princípio e no qual se celebra a Ressurreuição de Cristo”.
"Mas ele [Papa Silvestre] os ordenou a chamar o Sábado de acordo com o antigo nome da Lei, e a chamar o primeiro feriae de Dia do Senhor, pois nele o Senhor ressurgiu dos mortos, Além disto, o mesmo papa decretou que o descanso do Sábado deveria ser transferido para o Dia do Senhor, para que, neste dia, nós descansemos dos trabalhos da semana para o lovor ao Senhor”.
Algumas considerações valem serem feitas aqui. Infelizmente muitas das informações que se tem sobre o pontificado do Papa Silvestre são lendárias. Tais lendas foram introduzidas com o "Vita beati Sylvestri" (Vida do beato Silvestre) documento surgido no leste europeu e que foi preservado em grego, siriáco. Em latim, no "Constitutum Sylvestri", narrativa lendária acerda de um Concílio Romano nunca realizado que pertence às farsas symachiannas e aparecerem entre 501 e 508. A mesma lenda consta no "Donatio Constantini" (Doação de Constantino), narrando a perseguição do Papa Silvestre, a cura e o batismo do Imperador Constantino e sua doação ao Papa, e dos direitos dados a este, num Concílio em Roma, tudo não passando de lendas (5). Logo, as informações de Rubano Mauro, sobre as ações do Papa, vem de fonte não confiável.
Depois o próprio Rubano Mauro diz que o Papa baseando-se em antiga tradição manda chamar o primeiro dia da semana de “Dia do Senhor” e o sétimo de Sábado, bem como observar este em detrimento daquele. Ora, isso mostra que não foi o Papa que inventou isso.
Com efeito, antes do tempo do Papa Silvestre, o Concílio Regional de Elvira realizado no ano 300 de nossa era já confirmava a observância cristã do Domingo como Dia do Senhor. Alguns adventistas dizem que foi aí que realmente se deu a mudança. Deveriam saber que um Concílio Regional não tem força de obrigar toda a Igreja, logo a tese deles vai por água abaixo.
Antes mesmo do Concílio Regional de Elvira, Tertuliano em sua fase católica deu testemunho de que no século II os cristãos já observavam o Domingo:
"Outros, de novo, certamente com mais informação e maior veracidade, acreditam que o sol é nosso deus. Somos confundidos com os persas, talvez, embora não adoremos o astro do dia pintado numa peça de linho, tendo-o sempre em sua própria órbita. A idéia, não há dúvidas, originou-se de nosso conhecido costume de nos virarmos para o nascente em nossas preces. Mas, vós, muitos de vós, no propósito às vezes de adorar os corpos celestes moveis vossos lábios em direção ao oriente. Da mesma maneira, se dedicamos o dia do sol para nossas celebrações, é por uma razão muito diferente da dos adoradores do sol. Temos alguma semelhança convosco que dedicais o dia de Saturno (Sábado) para repouso e prazer, embora também estejais muito distantes dos costumes judeus, os quais certamente ignorais" (Tertuliano 197 d.C. Apologia part.IV cap. 16) (grifos meus).
Antes mesmo de Tertuliano, S. Justino de Roma já dava testemunho do culto a Deus aos domingos:
"67. Depois dessa primeira iniciação, recordamos constantemente entre nós essas coisas e aqueles de nós que possuem alguma coisa socorrem todos os necessitados e sempre nos ajudamos mutuamente. Por tudo o que comemos, bendizemos sempre ao Criador de todas as coisas, por meio de seu Filho Jesus Cristo e do Espírito Santo. No dia que se chama do sol, celebra-se uma reunião de todos os que moram nas cidades ou nos campos, e aí se lêem, enquanto o tempo o permite, as Memórias dos apóstolos ou os escritos dos profetas. Quando o leitor termina, o presidente faz uma exortação e convite para imitarmos esses belos exemplos. Em seguida, levantamo-nos todos juntos e elevamos nossas preces. Depois de terminadas, como já dissemos, oferece-se pão, vinho e água, e o presidente, conforme suas forças, faz igualmente subir a Deus suas preces e ações de graças e todo o povo exclama, dizendo: ‘Amém’. Vem depois a distribuição e participação feita a cada um dos alimentos consagrados pela ação de graças e seu envio aos ausentes pelos diáconos. Os que possuem alguma coisa e queiram, cada um conforme sua livre vontade, dá o que bem lhe parece, e o que foi recolhido se entrega ao presidente. Ele o distribui a órfãos e viúvas, aos que por necessidade ou outra causa estão necessitados, aos que estão nas prisões, aos forasteiros de passagem, numa palavra, ele se torna o provedor de todos os que se encontram em necessidade. Celebramos essa reunião geral no dia do sol, porque foi o primeiro dia em que Deus, transformando as trevas e a matéria, fez o mundo, e também o dia em que Jesus Cristo, nosso Salvador, ressuscitou dos mortos. Com efeito, sabe-se que o crucificaram um dia antes do dia de Saturno e no dia seguinte ao de Saturno, que é o dia do Sol, ele apareceu a seus apóstolos e discípulos, e nos ensinou essas mesmas doutrinas que estamos expondo para vosso exame" (Justino de Roma 155 d.C, I Apologia cap 67) (grifos meus).
Antes mesmo de S. Justino, S. Inácio de Antioquia também confirmava o antigo costume entre os cristãos:
"9. Aqueles que viviam na antiga ordem de coisas chegaram à nova esperança, e não observam mais o sábado, mas o dia do Senhor, em que a nossa vida se levantou por meio dele e da sua morte. Alguns negam isso, mas é por meio desse mistério que recebemos a fé e no qual perseveramos para ser discípulos de Jesus Cristo, nosso único Mestre. Como podemos viver sem aquele que até os profetas, seus discípulos no espírito, esperavam como Mestre? Foi precisamente aquele que justamente esperavam, que ao chegar, os ressuscitou dos mortos. 10. Portanto, não sejamos insensíveis à sua bondade. Se ele nos imitasse na maneira como agimos, já não existiríamos. Contudo, tornando-nos seus discípulos, abraçamos a vida segundo o cristianismo. Quem é chamado com o nome diferente desse, não é de Deus. Jogai fora o mau fermento, velho e ácido, e transformai-vos no fermento novo, que é Jesus Cristo. Deixai-vos salgar por ele, a fim de que nenhum de vós se corrompa, pois é pelo odor que sereis julgados. É absurdo falar de Jesus Cristo e, ao mesmo tempo judaizar. Não foi o cristianismo que acreditou no judaísmo, e sim o judaísmo no cristianismo, pois nele se reuniu toda língua que acredita em Deus " (Santo Inácio de Antioquia, aos Magnésios. 101 d.C.) (grifos meus).
Antes mesmo de S. Inácio, o primeiro Catecismo Cristão testifica a antiga guarda do domingo:
"Reúnam-se no dia do Senhor [= dominica dies = domingo] para partir o pão e agradecer, depois de ter confessado os pecados, para que o sacrifício de vocês seja puro" (Didaqué 14,1. 96 dC) (grifos meus).
Logo provamos que a guarda do Domingo é doutrina perene na Igreja primitiva.
Conclusão
A acusação da Sra. Ellen White contra a Igreja Católica é duplamente falsa. Primeiro porque segundo ela os cristãos que observam o domingo o fazem por ordem de um Papa, sendo que mesmo no NT já encontramos indícios de tal observância e os testemunhos primitivos o confirmam. Segundo porque nenhum Papa efetuou esta mudança. Até hoje os seguidores de Ellen White tentam em vão descobrir o Papa que supostamente a tenha feito.
Ainda que um Papa a tivesse feito, isso seria prova do Primado de Pedro, doutrina negada pelos protestantes. Com isto, se apóiam em artigos de fé que eles mesmos negam. Quanta incoerência!
Por último não adianta os adventistas guardarem o Sábado ou outros protestantes o Domingo, se ambos não tem a Missa. Só se adora a Deus na Missa. A Missa é a plenitude dos antigos sacrifícios oferecidos pelos sacerdotes levitas. Afinal, Cristo prometeu levar a Lei à perfeição, não aboli-la (cf. Mt 5,17).
Notas
(1) WHITE, Ellen. A Visão de 7 de Abril de 1847, parágrafo 3. Word to the Little Flock, P. 18. Trecho traduzido por Alexandre Semedo.
(2) WHITE, Ellen. Marca da Besta. Early Writings, p. 65. Trecho traduzido por Alexandre Semedo.
(3) WHITE, Ellen. A Word to the Little Flock, page 19, paragraph 1 .April 7, 1847. Trecho traduzido por Alexandre Semedo.
(4) ODOM, Robert L. Sabbath and Sunday in Early Christianity, .The Review and Herald Publishing Association (An Adventist publishing house), 1977. Pgs. 247-248.
(5) From the Catholic Encyclopedia article on Pope Sylvester. Disponível em http://www.newadvent.org/cathen/14370a.htm.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Deus não quer o mal, mas se o permite é por um bem maior, diz Papa

No Angelus deste domingo, 7, o Papa Bento XVI convidou os fiéis presentes na praça São Pedro, no Vaticano, a refletirem sobre os sofrimentos que acontecem em nossas vidas, e explicou que não trata-se de uma punição divina. "As desventuras, os acontecimentos funestos não devem ser para nós motivo de curiosidade ou de busca dos culpados, mas sim uma ocasião para refletir, para vencer a ilusão de poder viver sem Deus e para reforçar, com a ajuda do Senhor, nosso empenho em mudar de vida”, disse.
Refletindo sobre a liturgia deste domingo, o Papa destaca que, “perante a apressada conclusão de considerar o mal como efeito da punição divina, Jesus restitui a verdadeira imagem de Deus que é bom e não pode querer o mal, advertindo sobre a tendência a pensar que as desgraças são o efeito imediato de culpas daqueles a quem acontecem”.“Diante de sofrimentos e de lutos, a autêntica sabedoria é deixar-se interpelar pela precariedade da existência e ler a história humana com os olhos de Deus, o qual, querendo sempre e exclusivamente o bem de seus filhos – por um desígnio insondável do seu amor – certas vezes permite que sejam provados pela dor, para conduzi-los a um bem maior”.O Papa assegurou aos fiéis que “diante do pecado, Deus se revela misericordioso e não cessa de chamar de novo os pecadores a evitarem o mal, a crescerem em seu amor e a ajudarem concretamente o pobre desamparado, para viver a alegria da graça e não ir ao encontro da morte eterna. Mas a possibilidade de conversão exige que aprendamos a ler os fatos da vida na perspectiva da fé, isto é, animados pelo santo temor de Deus"

Sinal da cruz é abraço de Deus, diz Papa

O sinal da cruz que os cristãos traçam com frequencia sobre o corpo, é muito mais que um simbolismo. É expressão de um abraço de Deus no ser humano. Esta foi a explicação do Papa Bento XVI aos fiéis reunidos na Praça de São Pedro, hoje, no Vaticano para a tradicional oração do Ângelus.
Citando o pensamento do teólogo Romano Guardini, o Papa apontou o sentido do gesto. "Fazemos o sinal da cruz antes de rezar para que nos pacifique espiritualmente, para concentrar em Deus pensamentos, coração e vontade; depois de rezar, o repetimos para que aquilo que Deus nos doou permaneça em nós. Ele abraça todo o ser, corpo e alma, e tudo é consagrado em nome de Deus uno e trino".Neste dia em que a Igreja celebra a Festa da Santíssima Trindade, Bento XVI continuou dizendo que o sinal da cruz e o nome de Deus vivo abrangem o anúncio gerador de fé e inspirador de oração. E assim como Jesus prometeu aos Apóstolos que o Espírito da verdade os conduziria a toda a verdade, na liturgia dominical os sacerdotes concedem, de semana em semana, o pão da Palavra e da Eucaristia."Quem acolheu a vossa alma no primeiro momento do ingresso na vida? O sacerdote. Quem a alimenta para lhe dar a força de realizar a sua peregrinação? O sacerdote. Quem a há-de preparar para comparecer diante de Deus, lavando-a pela última vez no sangue de Jesus Cristo? O sacerdote, sempre o sacerdote", disse o Papa citando o Santo Cura d’Ars, também lembrado na carta de convocação para o Ano Sacerdotal.Em seguida, Bento XVI exortou os fiéis a manterem a voz da consciência sempre fiel, até o último respiro, ao Evangelho no qual foram batizados: "A Trindade divina habita em nós desde o nosso Batismo", recordou.BeatificaçãoO Papa anunciou também a beatificação da religiosa italiana Maria Pierina De Micheli, que no início do século XX se dedicou ao serviço educativo na Argentina e na Itália. A celebração de beatificação foi hoje na Basílica de Santa Maria Maior de Roma, presidida pelo prefeito da Congregação para a Causa dos Santos, monsenhor Angelo Amato.
Viagem a ChipreEm francês, inglês e alemão, o Pontífice falou de sua iminente viagem a ilha mediterrânea de Chipre, aonde levará o Instrumento de Trabalho para a Assembléia Especial do Sínodo dos Bispos do Oriente Médio, a se realizar em outubro, no Vaticano. O Papa pediu as preces de todos pela paz e a prosperidade de todo o povo cipriota. Em polonês, solidarizou-se com os atingidos pelas enchentes, a quem prometeu orações especiais.No final do encontro, saudando em italiano, Bento XVI recordou a "imensa obra, em prol da paz e do socorro dos necessitados, realizada pela Santa Sé nos dramáticos anos entre 1938 e o fim da segunda guerra mundial".Aludindo à recente publicação do “Diário” do Cardeal Celso Costantini, "muito ligado a Pio XII" e secretário da Congregação da Propaganda Fide, Bento XVI frisou que este livro tem um "grande interesse histórico", pois é testemunha do empenho da Igreja naquela época.