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domingo, 2 de outubro de 2011

Todos pecaram. E Maria Santíssima?

É verdade que São Paulo diz:
“…sendo que TODOS PECARAM E TODOS ESTÃO PRIVADOS DA GLÓRIA DE DEUS” (Rm 3,23).
“Eis porque, como por meio de um só homem o pecado entrou no mundo e, pelo pecado, a morte, e assim a morte passou a todos os homens, porque TODOS PECARAM” (Rm 5,12).
O que serve de falso argumento para que os hereges deduzam que Maria Santíssima também pecou, e também foi atingida pelo pecado original.
Isaias 6: 5-7 Ai de mim, gritava eu. Estou perdido porque sou um homem de lábios impuros, e habito com um povo (também) de lábios impuros e, entretanto, meus olhos viram o rei, o Senhor dos exércitos! Porém, um dos serafins voou em minha direção; trazia na mão uma brasa viva, que tinha tomado do altar com uma tenaz.Aplicou-a na minha boca e disse: Tendo esta brasa tocado teus lábios, teu pecado foi tirado, e tua falta, apagada.”
A Salvacao veio somente por Jesus que retirou o pecado, mas mesmo assim antes Isaias havia sido perdoado os pecados
No entanto, São Paulo também diz:
“Pois, assim como TODOS MORREM em Adão, em Cristo todos receberão a vida” (1Cor 15,22).
Sabemos que NEM TODOS MORREM em Adão. Como exemplo, vejam-se os casos dos santos Enoque e Elias, que não morreram, mas foram arrebatados.
O mesmo São Paulo fala na Primeira Epístola aos Tessalonicenses (4,17) que os que estiverem vivos por ocasião da Parusia serão assuntos ao Céu. É, portanto, permissível ler o “TODOS PECARAM” de Rm 3,23 e Rm 5,12, não como uma REGRA ABSOLUTA, SEM EXCESSOES, mas como uma AFIRMACAO DA GENERALIDADE DO PECADO, no qual a humanidade em peso se afundou.
De resto, a forma grega do verbo “pecar” (hamarton) utilizada nesses versículos pelo Apóstolo das Gentes, segundo muitos exegetas, traduz melhor a idéia de pecado pessoal do que a de pecado original, EXCLUINDO DE SEU ÂMBITO, por exemplo, as crianças que não atingiram a idade da razão (cfr. Rm 9,11).
É interessante notar que alguns versículos antes do v. 23 de Rm 3, São Paulo cita Sl 14,1-3:
["Diz o insensato no seu coração: ‘Deus não existe!’ Suas ações são corrompidas e abomináveis: não há um que faça o bem. Do céu Iahweh se inclina sobre os filhos de Adão, para ver se há um sensato, alguém que busque a Deus. Estão todos desviados e obstinados também: não há um que faça o bem, não há um, sequer"].
Este texto é de fundamental importância para o argumento que o Apóstolo construirá em seguida, sobre a universalidade do pecado. Se quisermos interpretá-lo de maneira correta precisamos ter em mente o seu contexto. Ora, no verso 14 do referido Salmo lemos:
“Não sabem todos os malfeitores que devoram meu povo, como se comessem pão, e não invocam a Iahweh?”
Os insensatos que não contam com um só justo são aqueles que devoram o povo do Senhor. Note-se a oposição entre esse grupo dos insensatos e o grupo dos filhos de Israel. É conveniente, portanto, matizar o “TODOS PECARAM”. São Paulo quer mostrar que Cristo nos faz membros do grupo dos justos, nos justifica. Mais fundamental para o Apóstolo não é a falta de Adão, que nos torna escravos, mas sim a fé no Filho de Deus que NOS JUSTIFICA..

A Bíblia afirma que todos pecaram

Alguns apresentam como principal objeção à Imaculada Conceição, as seguintes palavras de São Paulo: “com efeito, todos pecaram e todos estão privados da glória de Deus” (Rm 3,23).
Essa é uma lei geral, mas sabemos que existem exceções a leis gerais. Por exemplo, também está escrito: “Como está determinado que os homens morram uma só vez, e logo em seguida vem o juízo” (Hb 9,27).
No entanto o morto que Elizeu ressuscitou, Lázaro, a filha do Centurião, e tantos outros exemplos de pessoas que foram ressuscitadas, morreram duas vezes.
Devemos nos lembrar que São Paulo escreveu em grego. Onde lemos “todos” ele utilizou a palavra “pas” que também possui sentido mais geral. Esta palavra designa cada indivíduo de um gênero ou grupo se precedida do mesmo, caso contrário ela tem sentido coletivo de forma geral.
Por exemplo, em Mt 1,17 lemos: “Portanto, [todas] as gerações, desde Abraão até Davi, são quatorze. Desde Davi até o cativeiro de Babilônia, quatorze gerações. E, depois do cativeiro até Cristo, quatorze gerações” (Mt 1,17).
No português, a palavra “todas” (que coloquei entre colchetes) não aparece, mas ela está presente no original grego, onde o versículo começa da seguinte forma: “oun pas genea”.
A expressão “pas genea” significa “todas as gerações”. Assim o escritor sagrado quer deixar bem claro que de Abraão até Davi, TODAS as gerações sem exceção foram quatorze.
“Sua fama espalhou-se por toda a Síria: traziam-lhe [todos] os doentes e os enfermos, os possessos, os lunáticos, os paralíticos. E ele curava a todos” (Mt 4,24).
Assim como no exemplo anterior, a palavra “todos” que não aparece no português, está presente no original grego. A expressão “todos os doentes” foi escrita em grego como “pas kakos echo”. Aqui também o escritor sagrado quer deixa bem claro que Jesus curou TODOS os doentes que lhe trouxeram, sem exceção.
Já que demonstramos o uso de “pas” na totalidade, vamos demonstrar o uso de forma geral.
Por exemplo, ainda em Mateus lemos: “Sereis odiados de todos por causa de meu nome, mas aquele que perseverar até o fim será salvo” (Mt 10,22). Em grego o versículo começa da seguinte forma: “kai esomai miseo hupo pas dia mou onouma”. A expressão “hupo pas dia mou onouma” significa “por todos por causa do meu nome”.
Aqui o evangelista está se referindo a “todos” de forma geral, não a todos sem exceção, pois, nem todos os homens odiaram os cristãos por causa de Cristo.
 
FONTE ELETRÔNICA:
 

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