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sexta-feira, 14 de junho de 2013

Palavra + Doutrina = Fé




Aqui estão alguns pensamentos a respeito de diversas coisas com base no texto de Tito 1:9. Não é nada sistematizado, mas quero mostrar como é importante ter a fé correta para a salvação. Pois não basta apenas ter fé, é preciso ter a fé correta, a fé depositada na pessoa certa. Nutrir a fé errada, equivocada, pode colocar em risco o “objetivo” da fé: a salvação. E vejo como impossível ter essa fé correta sem a Palavra e sem a teologia.
Outro dia no Facebook discutia com alguém que dizia: “não importa a teologia, o que interessa é ter fé em Cristo”. Mas a pergunta que fiz foi: Quem é Cristo? Se perguntarmos isso para um reformado, Cristo será alguém diferente daquele do pentecostalismo, ou do neopentecostalismo. Algumas nuances de quem é esse Cristo podem até não interferir na fé a ponto de colocar em risco a salvação; mas se essas diferenças de quem se crê que Cristo seja comprometerem a sua real identidade como revelado nas Escrituras, compromete-se também a salvação, pois estaríamos alimentando uma fé equivocada.
Permita-me recolocar o pensamento acima com um exemplo bíblico. Em determinado momento de seu ministério, Cristo pegunta a seus discípulos: “Quem o povo diz que o Filho do Homem é? Eles responderam: — Alguns dizem que o senhor é João Batista; outros, que é Elias; e outros, que é Jeremias ou algum outro profeta.  — E vocês? Quem vocês dizem que eu sou? — perguntou Jesus. Simão Pedro respondeu: — O senhor é o Messias, o Filho do Deus vivo. Jesus afirmou: — Simão, filho de João, você é feliz porque esta verdade não foi revelada a você por nenhum ser humano, mas veio diretamente do meu Pai, que está no céu.” Mateus 16:13-27
Julgando que Cristo mesmo aponta para os chutes do povo a respeito de sua identidade como incorretas diante do que ele diz a respeito da resposta de Pedro, ouso afirmar que esse exemplo serve para nos mostrar que a fé deve, sim, estar depositada em Cristo e sua obra; mas se erramos no compreender exatamente quem ele é e os efeitos de sua obra, podemos comprometer nossa salvação irremediavelmente. Não adianta enxergar cristo como profeta, ou grande sábio, ou semi-deus etc. Se Cristo não for exatamente aquele revelado pelas Escrituras, já era! Se não é assim, então o que acontece com as seitas e hereges? Se não reconhecemos uma determinada religião como autêntica e que pode nos conduzir à salvação por justamente não ver Cristo como Deus, negar a trindade etc, como podemos conviver com uma declaração tão vazia quanto: “não importa a teologia, o que interessa é ter fé em Cristo”?
A teologia é essencial para compor a imagem perfeita de quem é Cristo. É a nossa teologia que nos conduzirá à perfeita compreensão de quem ele é e de o que ele fez! É ignorância completa também dizer: “não importa a teologia, o que importa é a Palavra!”
Irmãos, a Palavra só é Palavra de Deus pura em natura enquanto está fechada. Quando abrimos nossas Bíblias para ler as santas letras, precisaremos entender; para entender, precisamos interpretar; e para interpretar precisamos de um método. Quando questionamos certas interpretações, as pessoas logo dizem que estamos contra as Escrituras, mas o que ela não entende é que estamos apenas contra sua compreensão particular das Escrituras! Não estamos dizendo que a Bíblia é mentirosa, mas que sua interpretação dela está equivocada. E como as pessoas falham em entender isso…
O método hermenêutico é o único meio cientificamente verificável pelo qual podemos ter a mínima certeza de que o que estamos entendendo é de fato entendimento e não apenas um achismo. Mas o método hermenêutico não é o único método norteador da interpretação do texto bíblico, precisamos também de uma teologia. Embora a teologia colabore com a hermenêutica na interpretação bíblica, ela não é soberana. A teologia deve mudar de acordo com a profundidade de sua compreensão do texto bíblico. Essas variações são naturais e amadurecem para um conhecimento teológico mais sólido ao longo do tempo. Enquanto a teologia precisa ser flexível, a hermenêutica precisa ser rígida o suficiente para não nos deixar viajar pelos textos com nossas imaginações férteis, compondo relações e leituras dos textos puramente fantasiosas. Muitos são os métodos hermenêuticos, o que acredito ser mais eficiente, coerente e produtivo para o desenvolvimento teológico, sermão expositivos etc é o método histórico-gramatical, herança dos reformadores para nossos dias. É o método mais empregado pela maioria dos pastores e exegetas até hoje! Recebeu esse nome justamente por nortear a interpretação do texto a partir de sua historicidade e estrutura do texto (grama/gramático) em análise.
Se não temos um método hermenêutico para guiar nossa interpretação, somado a um conhecimento prévio teológico, nossa compreensão de quem a Bíblia afirma ser o Cristo estará comprometida. Nossa fé não terá o fundamento que nos conduz à salvação. Estaremos enquadrado naquele grupo que errou feio quem era o Filho do Homem. Erramos por não conhecermos as Escrituras (Mateus 22:29) e precisamos acabar com essa fantasia de que misteriosa e misticamente compreenderemos as Escrituras por iluminação direta do Espírito Santo sem estudar teologia ou ler obras de referência. Lembre-se que o Espírito Santo derrama seus dons sobre a Igreja para sua edificação segundo a vontade de Deus. Para alguns, que são chamados de mestres (Efésios 4:11), o Espírito Santo concede essa compreensão dos “mistérios” das Escrituras para o nosso benefício. Não querer aprender com esses homens é negar a ação do Espírito Santo nesses grandes homens de Deus. Quando todos querem ser mestres, estão todos em rebelião contra Deus!
“Deve se manter firme na mensagem que merece confiança e que está de acordo com a doutrina. Assim ele poderá animar os outros com o verdadeiro ensinamento e também mostrar o erro dos que são contra esse ensinamento.” Tito 1:9
 
Fonte Eletrônica;
 

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