top

create your own banner at mybannermaker.com!

sábado, 24 de agosto de 2013

Cristãos criam site para selecionar adeptos do suingue

OLHA O ABSURDO!!!!!!!!

  • Se alguém tentar te pressionar sobre suas informações pessoais, pare de se corresponder com ela;
  • Fotos podem te ajudar a ter uma ideia de como a pessoa é;
  • Uma pessoa sensível sempre compreenderá os riscos do namoro on-line.

O site é gratuito. Mas é possível pagar por algumas regalias. Quais? Para saber, só fazendo um cadastro!
 
Fonte Eletrônica;

 

Pastor comenta sobre o adultério entre evangélicos



OS TRISTES NÚMEROS DO ADULTÉRIO ENTRE OS EVANGÉLICOS

 Assustado com o número de divórcios entre os cristãos resolvi pesquisar sobre o adultério entre os evangélicos.

 O portal americano
The Christian Post publicou em 08 de junho de 2011 uma pesquisa feita pela Bureau de Pesquisa e Estatística Cristã (Bepec) números extremamente preocupantes.

 A pesquisa denominada “O Crente e o Sexo” revelou que entre os evangélicos pesquisados, 11,96% das mulheres, disseram que já traíram, enquanto para os homens a porcentagem foi de 24,68%. A pesquisa mostrou ainda que entre as diferentes denominações, a maior porcentagem dos que já traíram pertenciam aos grupos dos Neopentecostais (26,51%), depois Batistas (22,47%), Pentecostais (21,43%) e por último os Reformados (19,41%).

 Caro leitor, de fato os números revelados pela pesquisa são preocupantes. Confesso que fiquei impressionado com a quantidade de cristãos que afirmam terem praticado o adultério. Na verdade, ouso afirmar que possivelmente o número de irmãos que tenham cometido esse pecado seja bem maior do que o relatado pela pesquisa, mesmo porque, por medo, alguns dos entrevistados, tenham tido receio de expor suas traições.

 Pois é, com números tão elevados fica a pensar com os meus botões como é que alguns possuem a coragem de advogar que o Brasil está experimentando um avivamento? Ora, que avivamento é esse que relativiza o pecado? Que avivamento é esse cujos relacionamentos se desfazem com tanta facilidade? Que avivamento é esse onde a traição, o sexo ilícito e promiscuidade sexual continuam a fazer parte daqueles que se dizem discípulos de Cristo?

 À luz de números tão elevados confesso que temo pelo futuro de nossas famílias. Sem sombra de dúvidas a igreja evangélica brasileira precisa rever seus conceitos, regressar as Escrituras, proclamar a mensagem do arrependimento , bem como a necessidade de conversão entre aqueles que se dizem evangélicos. Que Deus tenha misericórdia do seu povo!
 Pr. Renato Vargens
 

domingo, 18 de agosto de 2013

Minha conversão ao catolicismo - William Bottazzini Rezende (Ex-protestante)



Minha conversão ao catolicismo (William Bottazzini Rezende)

Vivi por cerca de 22 anos (com breves interrupções) submerso em um oceano de confusão protestante. Ao nascer tornei-me cristão através do batismo na Santa Igreja Católica. Contudo, algum tempo depois, ainda sendo carregado no colo, passei a frequentar "cultos" protestantes de uma denominação batista de minha cidade. Ademais, praticamente todos os meus parentes maternos são protestantes. Posso afirmar que era um protestante dedicado. Lia as Sagradas Escrituras com atenção tendo aprendido inclusive o grego e o hebraico, pois em meu íntimo tudo o que eu queria era estar próximo de Nosso Senhor. Todavia, era um aleijado espiritual tentando correr. Por desconhecer a Sagrada Tradição, imaginava poder conhecer Cristo tão somente pela Bíblia.

Por muitas vezes era impiedoso em palavras no que se referia à Santa Igreja e à Nossa Senhora. Por ter sido guiado por cegos ao longo de toda minha vida, tornei-me cego tal qual os que me conduziam e não enxergava o colossal abismo em que eu estava por precipitar-me. Conforme os anos passavam, tive contato com autores e obras que me despertaram inquietações em questões relativas à minha fé. Os líderes espirituais ao quais estava eu submetido não possuíam "know-how" necessário para apaziguar meu ânimo sedento por explicações que fossem ao menos razoáveis.

Então comecei a perceber como estava enredado em mentiras e ilusões. Percebi que a "religião" em que fui criado era um misto de sentimentalismo e interpretações distorcidas da Bíblia. Quando me dei conta, pude perceber que o meu "cristianismo particular" não passava de uma mera crendice folclórica desprovida de razão.
Devo confessar que, por um estranho paradoxo, quando, ainda em meio protestante, comecei a analisar alguns fatos históricos, passei a perceber que a Igreja não era "A Grande Meretriz" como até então havia sido ensinado. Descobri o papel fundamental que a mesma desempenhou na divulgação da Boa-Nova. Ora, tal trabalho evangelizador ao longo dos séculos custou caro à Igreja. Nosso mártires são testemunhos históricos irrefutáveis de tais acontecimentos. Mesmo assim, sofria eu, como muitos, de um orgulho patológico que eu posso denominar como "prostentantite severa", onde adimitir algum acerto da Igreja era um crime hediondo.

Pois bem, a soma do meu orgulho com a falta de resposta (e as inúmeras contradições) dos "pastores" me levaram a procurar a Verdade em várias denominações e religiões, passando inclusive pelo espiritismo, e, finalmente, caí no ateísmo. Afinal, tornou-me enfadonho a moral protestante que oscila entre o "Puritanismo Absoluto" e o "Liberalismo Total" com muita facilidade. Outro fato que me incomodava era que cada líder protestante se considerava "O Escolhido" e execrava os demais que também se consideravam como tal. Isso para não mencionar os que escolhiam títulos nada humildes para si como "Bispo" ou até mesmo "Apóstolo". O sujeito acorda um belo dia e se denomina "uma autoridade inspirada por Deus".

Mas, felizmente, percebi que o ateísmo era um outro absurdo e minhas dúvidas persistiam. Até então nunca tinha ouvido um católico expor sua posição religiosa com clareza. Afinal, padecemos de um mal chamado "Católico-não-praticante" que infesta nossa cultura do "tô nem aí". Até que um dia comecei a dar aulas de italiano para um padre de minha cidade (que também é o prior do Mosteiro de São Bento de Pouso Alegre) : Dom Bento. Aos poucos, Dom Bento (hoje, meu grande amigo pessoal), foi me ajudando a elucidar pontos que para mim permaneciam obscuros.

Contudo, eu ainda não tinha coragem de fazer perguntas que eu considerava invasivas (como todo protestante, eu queria "tirar satisfações" a respeito das imagens, de Maria ser a Mãe de Deus, da autoridade papal etc.) Foi aí que através de um site de buscas cheguei acidentalmente à Montfort e na parte destinada à Apologética li a resposta do professor Orlando Fedeli a um tal de "Saul". Todas as minhas armas contra a Igreja, eram praticamente as mesmas que "Saul" possuía. Ao terminar, eu não tive outra escolha: humildemente reconheci que estava errado e que tinha sido enganado por toda minha vida. A verdade se descortinou diante dos meus olhos e tudo fez sentido.
A partir deste momento, passei a amar a Igreja de todo meu coração! Dom Bento, foi meu tutor espiritual e o responsável pela minha profissão de fé e pela minha Primeira Comunhão. Ah como é bom tomar parte no sacrifício da Santa Missa! Aliás, a primeira Missa a que assisti foi celebrada no rito tridentino (este rito é celebrado com frequência no mosteiro de minha cidade). Pela misericórdia de Deus, minha esposa, também ex-protestante, se converteu à verdadeira fé.

Em relação à Santa Igreja tudo o que posso dizer é: eis a bela noiva e fora dela não há salvação! O Noivo só possui uma única noiva, ora esta é a própria Igreja que herdou toda a tradição dos Apostólos e que foi fundada na Pedra.

Agradeço profundamente a todos aqueles que contribuíram para minha conversão, em especial a Dom Bento e ao saudoso professor Orlando Fedeli e demais amigos da Montfort.

Fonte:
http://tuespetrus.blogspot.com.br
http://jesuscristoemsuaplenitude.blogspot.com.br/2013/08/minha-conversao-ao-catolicismo-william.html

sábado, 17 de agosto de 2013

Um outro evangelho

 


Hoje, o "evangelho" da promessa do sucesso financeiro, da casa própria, do carro novo, do apartamento, da conta bancária, da empresa próspera, do casamento feliz, da saúde e da libertação de todos os problemas, atrai milhares, por ser estrategicamente direcionado a uma clientela de homens E mulheres, velhos e jovens, de todas as raças e classes sociais que, cada vez mais, buscam soluções rápidas e imediatas para os seus problemas, e esses problemas são intrínsecos à vida de todo habitante desta Terra.
 
Poderíamos citar aqui dezenas de lideranças ou donos de “igrejas” que possuem patrimônio financeiro superior ao de muitos grandes empresários brasileiros. Seus bens chegam a incluir mansões, iates, helicópteros, aviões, redes de telecomunicações, editoras, contas no exterior e empresas que atuam nas mais diversas áreas. Correndo por fora, milhares de "pastores" sonham e alcançar o mesmo sucesso. Esses verdadeiros mercadores da fé trabalham por metas de arrecadação de dízimos e ofertas com tamanha competência que deixariam qualquer gerente comercial sonhando em ter uma equipe tão focada e eficaz.

Evidentemente, nada temos contra o empreendedorismo, a competência no gerenciamento, a habilidade para a comunicação e outras qualidades inatas nessas pessoas, e nem mesmo negamos a importância do dinheiro em todos os setores da sociedade, inclusive os religiosos: sem dinheiro não se mantém as estruturas, não se pagam os espaços, os recursos necessários... Como se dizia antigamente, "ninguém vive de brisa". O problema é quando o dinheiro, a prosperidade financeira e os prazeres deste mundo tornam-se o foco principal da pregação e da doutrina. O problema começa quando tais pregadores, que se dizem "cristãos", esquecem que a  plenitude da vivência cristã passa pelo Crucificado, implica tomar cada um a sua cruz e seguir o Caminho, que é o Cristo.

Jesus veio ao mundo para salvar o homem, visto que, até o momento da encarnação do Verbo, a eternidade não era uma realidade para o povo: nos tempos do Antigo Testamento, vivia-se o aqui e agora. Do alto da cruz, o Senhor estabeleceu a Nova e Eterna Aliança entre Deus e os homens, na qual é preciso haver um relacionamento de amor, aceitação, coragem, desprendimento, perseverança e renúncia para segui-lo.

Jesus jamais prometeu benefícios nem favores individuais, a não ser espirituais, aos que o seguiam (ver a história dos Apóstolos e dos santos: as perseguições, as injúrias, os martírios...). Mas o Senhor promete vida eterna, que é o centro e o objetivo de toda a vida cristã neste mundo. Não negamos com isso os milagres operados na vida de tantos, nem as graças e benefícios que recebemos de Deus diariamente, nem queremos com isso dizer que a vida do cristão deva ser uma vida somente de dores, sacrifícios, sofrimentos... Ser membro da Igreja, que é o Corpo Místico de Cristo, do qual é Ele próprio a Cabeça, é motivo de grande alegria, de constante exultação na Ressurreição. Mas toda a benção, toda a consolação, todas as graças e milagres de Deus, sempre são concedidos em virtude a salvação da alma do indivíduo.



Queremos, com este artigo, apenas refletir e lançar luz sobre a atitude mercadológica, sectária, perversa e direcionada a comprar e vender aquilo que não se compra com dinheiro, pois é Dom gratuito de Deus. Viemos denunciar o que nunca foi, e jamais será o verdadeiro cristianismo pregado nesses dois mil anos de história e vivido em plenitude por tantos santos de Deus, declarados ou não formalmente pela Igreja de Cristo, que é Una, Santa Católica e Apostólica.

Somente o conhecimento e a verdadeira conversão do coração poderão, libertar os filhos de Deus dessa lógica de mercado, desses balcões de negociação que levam os corações humildes a crer que, doando uma grande quantia financeira, obrigarão Deus a devolver-lhes em dobro, várias vezes mais... A pensar que, com seu dinheiro, moverão a mão de Deus em seu favor, ou poderão, de alguma forma, comprar ou negociar a Graça divina. Perdoai-os, Pai, eles não sabem o que fazem!

É dever de cada autêntico cristão denunciar esse crime contra o Sagrado, de mentes astuciosas, demoníacas e maquiavélicas, que, como lobos, arrebanham almas simples e criam um ambiente de alienação e manipulação de gente necessitada, - e muitas vezes egoísta, mesquinha e materialista,  reforçando esses vícios, - gente carente de verdadeiro auxílio espiritual, que necessita de um encontro com o verdadeiro, único e soberano Senhor Jesus Cristo por meio de sua obra e instituição: a Igreja Católica.

________
Adaptado do artigo "Cristianismo Moderno" (
Apostolado Veritatis Splendor), disponível em:

http://veritatis.com.br/doutrina/meditacoes/1128-qcristianismo-modernoq
Acesso 16/8/013

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Pais da Igreja e o Sacramento do Matrimônio



INTRODUÇÃO

Nesta matéria abordaremos o tem do sacramento do matrimônio na perspectiva da Igreja primitiva. Da indissolubilidade do matrimônio e de sua validade sacramental para a vida do casal.
Assim define o catecismo oficial da Igreja Católica, o Matrimônio:
A aliança matrimonial, pela qual o homem e a mulher constituem entre si uma comunhão da vida toda, é ordenada por sua índole natural ao bem dos cônjuges e à geração e educação da prole, e foi elevada, entre os batizados, à dignidade de sacramento por Cristo Senhor.” (CIC 1601)

A íntima comunhão de vida e de amor conjugal que o Criador fundou e dotou com suas leis [...] O próprio [...] Deus é o autor do matrimônio. “A vocação para o Matrimônio está inscrita na própria natureza do homem e da mulher, conforme saíram da mão do Criador. O casamento não é uma instituição simplesmente humana, apesar das inúmeras variações que sofreu no curso dos séculos, nas diferentes culturas, estruturas sociais e atitudes espirituais. Essas diversidades não devem fazer esquecer os traços comuns e permanentes. Ainda que a dignidade desta instituição não transpareça em toda parte com a mesma clareza, existe, contudo, em todas as culturas, um certo sentido da grandeza da união matrimonial. “A salvação da pessoa e da sociedade humana está estreitamente ligada ao bem-estar da comunidade conjugal e familiar.” (CIC 1603)
 
O MATRIMÔNIO E A IGREJA PRIMITIVA

O Pastor de Hermas
O pastor de Hermas é uma obra apocalíptica da primeira metade do século II depois de Cristo. Nesta obra temos a seguinte citação:
O que o marido deve fazer, se a mulher continuar em disposição [de adultério]? Que ele se separe dela, e que o marido continue solteiro. Mas se ele se separar de sua esposa, e se casar com outra, ele também comete adultério. (O pastor 4, 1, 6)
 
Inácio de Antioquia
Foge às más artes, prega antes contra elas. Fala às minhas irmãs, que amem o Senhor e se contentem com os maridos na carne e no espírito. Da mesma forma, recomenda aos meus irmãos em nome de Jesus Cristo que amem suas esposas como o Senhor ama a Igreja. Se alguém é capaz de perseverar na castidade em honra da carne do Senhor, persevere sem orgulho. Caso se orgulhar, está perdido; se ainda for tido como mais do que o Bispo, está corrompido. Convém aos homens e às senhoras que casam contraírem a união como consentimento do bispo, a fim de que o casamento se realize segundo o Senhor e não conforme a paixão. Tudo se faça para honra de Deus. (Carta a Policarpo, V)
 
Justino Mártir
No que diz respeito à castidade, [Jesus] tem isto a dizer: ‘Se alguém olhar com cobiça para uma mulher, ele diante de Deus já cometeu adultério em seu coração’ E, ‘Quem casa com uma mulher que se divorciou de outro marido, comete adultério.’ De acordo com o nosso Mestre, assim como eles são pecadores que contraem um segundo casamento, apesar de estar de acordo com a lei humana, assim também são eles pecadores que olham com o desejo sensual para uma mulher. Ele repudia não só quem realmente comete adultério, mas mesmo quem deseja fazê-lo, não só para as nossas ações são que manifestas a Deus, mas até mesmo os nossos pensamentos.(Primeira Apologia 15).
 
Clemente de Alexandria
São Clemente (não confundir com o Papa Clemente Romano) foi um teólogo grego antigo e chefe da escola catequética de Alexandria. Nasceu em Atenas, (a data é desconhecida) e morreu por volta do ano 215 d.C. Ele foi também professor de Orígenes.
Agora que a Escritura aconselha o casamento, e não permite liberação da união, é expressamente contido na lei, ‘Tu não deve se separar da tua mulher, a não ser por causa de fornicação’, e que considera a fornicação, o casamento daqueles separados enquanto que a outra ainda está viva. Não se enfeitar e adornar além do que está a tornar-se, torna a mulher livre de suspeita caluniosa. Enquanto ela dedica-se assiduamente à oração e súplicas, evitando saídas freqüentes da casa, e fechando-se, tanto quanto possível do ponto de vista de todos os não relacionados a ela, e considerando limpeza mais da conseqüência do que da impertinente futilidade. ‘Aquele que toma uma mulher que foi repudiada’, diz-se, ‘comete adultério, e se repudiar sua mulher, ele faz dela uma adúltera’, isto é, obriga-a a cometer adultério. E não é só ele quem a coloca culpada disto, mas o que a leva, dando à mulher a oportunidade de pecar, pois se ele não levasse, ela iria voltar para o marido.” (Stromata / Cristo, o Educador, Livro 2, Capítulo 23)
 
Tertuliano
Estritamente falando, Tertuliano não é considerado um pai da Igreja, mas um apologista e escritor eclesiástico, já que no final de sua vida cai em heresia abraçando o montanismo. Porém foi lido antes de seu abandono da Igreja Católica. Tanto em seu período ortodoxo quanto em seu período herético temos em Tertuliano um testemunho que nos informa sobre a prática primitiva da Crisma na Igreja.
De onde devemos encontrar (palavras) totalmente suficientes para dizer a felicidade de que o casamento que a Igreja consolida, e a oblação confirma, e os sinais e selos bentos; (que) anjos levam de volta a notícia (para o céu), (que) o Pai espera para ratificar? Pois mesmo em filhos da terra não casam correta e legalmente sem o consentimento dos seus pais.  Que tipo de jugo é o de dois cristãos, (participantes) de uma esperança, um desejo, uma disciplina, um e o mesmo serviço? Ambos (são) irmãos, ambos companheiros servidores, sem diferença do espírito ou da carne; não, (são) verdadeiramente, ‘dois em uma só carne’. Onde a carne é uma, um é o espírito. Juntos oram, juntamente prostrar-se, juntamente realizam seus jejuns; mutuamente ensinam, exortam-se mutuamente, mutuamente sustentam-se igualmente, (são) ambos (encontrado) na Igreja de Deus, igualmente, no banquete de Deus, igualmente em dificuldades, nas perseguições, na boaventura. Nem se escondem do outro; nem evita o outro; nem é problemático para o outro.” (A minha esposa, 2,8:4)
 
Orígenes
Ilustre teólogo e escritor eclesiástico. Nascido em Alexandria por volta do ano 231, foi reconhecido como o maior mestre da doutrina cristã em sua época, exercendo uma extraordinária influência como intérprete da Bíblia.
Assim como a mulher é adúltera, ainda que ela pareça estar casada com um homem, enquanto o ex-marido ainda vive, assim também o homem que pareça casar com ela que se divorciou, não se case com ela, mas, de acordo com a declaração de nosso Salvador, ele comete adultério com ela.” (Comentários sobre Mateus 14, 24)
 
Concílio de Elvira
Da mesma forma, as mulheres que deixaram seus maridos, sem causa prévia e uniram-se com outros, não podem sequer na morte receber a comunhão” (Cânon 8).
Da mesma forma, uma mulher batizada que deixou um marido adúltero batizado e casar com outro, seu casamento dessa forma é proibida. Se ela assim se casou, ela não pode mais receber a comunhão até a morte do seu ex-marido pelo menos, mas por acaso, no caso de necessidade de doença, que lhe seja dado. (Cânon 9).
 
São João Crisóstomo
Doutor da Igreja, nascido em Antioquia, em 347 d.C, morreu em Commana em Pontus em 14 de Setembro de 407. É considerado o mais proeminente Doutor da Igreja Grega e tido como o maior pregador que já subiu em um púlpito cristão.
‘O que Deus uniu, o homem não separe’ (Mateus 19:06). Veja a sabedoria de um professor. Quero dizer, o que foi perguntado: É lícito? Ele não disse de uma só vez, Não é lícito, para que não ser perturbado e colocar em desordem, mas antes da decisão pelo Seu argumento rendeu esse manifesto, mostrando que ele próprio é também o mandamento de Seu Pai, e que não está em oposição a Moisés que Ele mandou essas coisas, mas em pleno acordo com ele ... mas, agora, tanto pelo modo de criação, e pelo modo legislar, ele mostrou que um homem deve viver com uma mulher continuamente, e nunca romper com ela.(Homilias sobre São Mateus, 62, 1)
 
Basílio Magno
Nasceu por volta do ano 329 em Cesaréia da Capadócia. Chegou a ser um dos Padres da Igreja grega que mais brilharam no século IV. Morreu em torno do ano 379.
Um homem que se casa com a mulher do outro homem que foi levada para longe dele será cobrado com o adultério, no caso da primeira mulher; mas, no caso de segunda, ele será inocente.” (Segunda Carta Canonica a Amphilochius 199, 37)
 
Ambrosiaster
‘Pois esta razão deixará o homem pai e mãe e se unirá à sua mulher e serão dois numa só carne.’ Para recomendar esta unidade ele fornece um exemplo de unidade. Justamente como um homem e uma mulher são um em natureza assim Cristo e a Igreja são reconhecidos como um pela fé. ‘Este é um grande mistério - Quero dizer, em referência a Cristo e a Igreja.’ Ele quer dizer que o grande sinal deste mistério está na unidade de homem e mulher... Assim como um homem abandona seus pais e se unirá à sua mulher, também têm abandona todos os erros e se unirà a Igreja e se sujeitará a sua Cabeça, que é Cristo.(Em Efésios 5, 31)
 
Santo Ambrósio
Bispo de Milão entre os anos de 374 à 397, nasceu provavelmente em 340 d.C, em Trier, Arles, ou Lião, morreu em 4 de Abril de 397. Foi um dos mais ilustres Padres e Doutores da Igreja.
Não há quase nada mais mortal do que estar casado com alguém que é um estranho para a fé, onde as paixões da luxúria e da dissensão e os males do sacrilégio são inflamados. Uma vez que a cerimônia de casamento deve ser santificada pelo véu sacerdotal e abençoada, como isso pode ser chamado de uma cerimônia de casamento em que não houve acordo na fé?” (A Virgílio, Carta 19, 7)
Ninguém está autorizado a conhecer uma outra mulher que não seja sua esposa. O direito marital é dado por esta razão: a menos que você caia na armadilha e peque com uma mulher estranha. ‘Se você está ligado a uma mulher não peça o divórcio’, pois você não está permitido, enquanto sua esposa vive, para se casar com outra.” (Abraão 01:07:59)
Nós não dizemos que o casamento não foi santificado por Cristo, uma vez que a Palavra de Deus diz: ‘Os dois serão uma só carne e ​​um espírito. Mas antes de nascermos somos levados ao nosso objetivo final, e o mistério da operação de Deus é mais excelente do que o remédio para as fraquezas humanas. Justamente é a boa esposa louvada, mas uma virgem piedosa é mais justamente preferida.” (Para Sircius, Carta 42, 3)
 
Paciano
E estas são as núpcias do Senhor, para que como essa grande sacramento eles possam se tornar dois em uma só carne, Cristo e a Igreja. Destas núpcias ao povo cristão nasce, quando o Espírito do Senhor desce sobre esse povo. (Sermão sobre o Batismo, 6)
 
São Jerônimo
O apóstolo tem assim cortado cada apelo e declarou claramente que, se uma mulher se casa novamente, enquanto o marido está vivo, ela é adúltera... Um marido pode ser um adúltero ou um sodomita, ele pode estar manchado com todo crime e pode ter sido deixado por sua esposa por causa de seus pecados, mas ele ainda é o marido dela e, enquanto viver, ela não pode se casar com outra. (Cartas, 55)
 
Papa Inocêncio
Inocêncio I foi bispo de Roma de 401 a 12 de março de 417. Um líder capaz e enérgico. Efetivamente promoveu o primado da Igreja Romana e cooperou com o Estado imperial para reprimir a heresia.
A prática é observada por todos a respeito de como uma mulher adúltera que se casa pela segunda vez, enquanto o marido ainda vive, e a permissão para fazer penitência não é concedida a ela até que um deles esteja morto” (Carta 2, 13:15)
 
Santo Agostinho
Bispo de Hipona e doutor da Igreja, é reconhecido como um dos quatro doutores mais distintos da Igreja latina. Nasceu em 354 e chegou a ser bispo de Hipona durante 34 anos. Combateu duramente todas as heresias de sua época e morreu no ano 430.
A mulher não começa a ser a esposa de nenhum outro marido, a menos que ela deixe de ser a esposa de um ex. Ela deixará de ser a esposa de um ex-marido, no entanto, se o marido morrer, não se ele cometeu adultério. Um cônjuge, portanto, é legalmente separado por causa de fornicação;., mas o vínculo da castidade permanece é por isso que um homem é culpado de adultério se ele casar com uma mulher que tenha sido indeferida, mesmo por essa mesma razão de adultério.”(Casamentos adúlteros , 2, 4:4).
Certamente não é a fecundidade apenas, o fruto do que consiste em prole, nem castidade, cujo vínculo é a fidelidade, mas também um certo vínculo sacramental no casamento, que é recomendado para os crentes em casamento. Assim sendo, é advertido pelo apóstolo: ‘Maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a Igreja’. Desse vínculo a substância, sem dúvida, é esta, que o homem e a mulher que se unem em matrimônio devem permanecer inseparáveis ​​enquanto eles viverem ..(Sobre o casamento e concupiscência, 1,10 [11])
 
Cirílo de Alexandria
São Cirilo de Alexandria  foi o Patriarca de Alexandria quando a cidade estava no topo de sua influência e poder dentro do Império Romano. Um dos Padres gregos, Cirilo escreveu extensivamente e foi o protagonista liderante nas controvérsias cristológicas do final do século IV e do século V.
Quando o casamento foi celebrado [Em Cana], é claro que ele era inteiramente decoroso: de fato, a Mãe do Salvador estava lá; e convidado, juntamente com Seus discípulos, o Salvador também estava lá, trabalhando milagres mais do que ser entretido em festejar e, especialmente, para santificar o princípio da geração humana, o que certamente é uma questão relacionada a carne. (Comentário sobre João, 2, 1)
 
Papa Leão Magno

O Papa Leão I ou Leão o Grande, reinou de 440 até 461 d.C, data da sua morte.  O Local e data de nascimento são desconhecidas. O pontificado dele junto ao de São Gregório I, é o mais significativo e importante na antiguidade cristã. Na altura em que a Igreja estava experimentando os maiores obstáculos para seu crescimento em consequência da desintegração acelerada do Império Ocidental, enquanto o Oriente estava profundamente agitado por causa controvérsias dogmáticas, este grande Papa, com sagacidade e uma mão poderosa, orientou o destino da Igreja Romana e Universal no caminho da ortodoxia.
A esposa é diferente de uma concubina, mesmo como uma escrava de uma livre. Por qual razão também o apóstolo, a fim de mostrar a diferença dessas pessoas, cita  Gênesis, onde é dito a Abraão: ‘larga a escrava e seu filho, porque o filho da escrava não será herdeiro com meu filho Isaac ‘(Gênesis 21, 10). E, portanto, uma vez que o laço do casamento era desde o princípio assim constituído, pois além da junção dos sexos para simbolizar a união mística de Cristo e Sua Igreja, é indubitável que essa mulher não tem parte no matrimônio, em cujo caso é mostrado que o mistério do casamento não ocorreu.” (Carta, 167, 4)

 
São Gregório Magno

Papa e doutor da Igreja, é o quarto e último dos originais Doutores da Igreja latina. Defendeu a supremacia do Papa e trabalhou pela reforma do clero e da vida monástica. Nasceu em Roma por volta do ano 540 e faleceu em 604.
Pois, se eles dizem que deve ser dissolvido o casamento por causa de religião, seja sabido que, embora a lei humana admita isso, mas a lei divina proíbe. Pois a Verdade em pessoa diz: ‘O que Deus ajuntou não o separe o homem’ (Mateus 19, 6). Além disso, ele diz: ‘Não é lícito ao homem repudiar sua mulher, exceto por causa de fornicação’ (Mateus 19, 9). Quem pode, então, contradizer este legislador celestial?” (Livro 11, 45)

 
São João Damasceno
A virgindade é a regra de vida dos anjos, a propriedade de toda a natureza incorpórea. Isso que dizer, sem falar mal de Casamento: Deus me livre! (pois sabemos que o Senhor abençoou o casamento de Sua presença, e nós sabemos o que disse, o matrimônio e o leito sem mácula), mas sabendo que a virgindade é melhor do que o casamento, no entanto, bom.” (Exposição da Fé Ortodoxa, livro 4, capítulo 24)

Existem muitas outras passagens dos pais da Igreja sobre o Matrimônio que omitimos aqui por brevidade da matéria.
 
CONCLUSÃO

 
Como podemos ver o casamento indissolúvel e é um sacramento. Muito embora sejam claras as provas tanto na Tradição da Igreja, quando na bíblia,
Ele respondeu: Nunca lestes que o Criador, desde o princípio, os fez homem e mulher e disse:  ' De modo que eles já não são dois, mas uma só carne'. Portanto, o que Deus uniu, o homem não separe(Mateus 19, 6).
Muitos ainda teimam (principalmente alguns protestantes) que se houver “traição” a pessoa pode se separar e casar novamente. O versículo que usam como base é o seguinte:
"Ora, eu vos declaro que todo aquele que rejeita sua mulher, exceto no caso de fornicação, e desposa uma outra, comete adultério. E aquele que desposa uma mulher rejeitada, comete também adultério."
Λέγω δὲ ὑμῖν ὅτι ὃς ἂν ἀπολύσῃ τὴν γυναῖκα αὐτοῦ, μὴ ἐπὶ πορνείᾳ, καὶ γαμήσῃ ἄλλην, μοιχᾶται· καὶ ἀπολελυμένην γαμήσας μοιχᾶται.” (Mateus 19, 9)
A palavra grega usada é πορνείᾳ (pornéia). Esta palavra é usada para todas as uniões falsas e ilícitas, ou seja Jesus está falando que se alguém se casar falsamente pode se divorciar, ou seja se você casar com uma irmã, casar forçado, casar com uma pessoa já cas1ada, ou casar por interesse, nesses casos e outros Jesus fala que pode se divorciar por que na realidade nunca houve o casamento.
A tradução correta é:
Ora, eu vos declaro que todo aquele que rejeita sua mulher, exceto no caso de matrimônio falso, e desposa uma outra, comete adultério. E aquele que desposa uma mulher rejeitada, comete também adultério.
Não é possível entender como é que eles interpretam “União ilícita”, como que é caso de traição, na realidade união ilícita, diz respeito a um matrimônio falso. Se Jesus quisesse falar em “traição”, ele teria usado outra palavra μοιχᾶται.  Vamos mostrar um dicionário bíblico protestante que traduz a palavra da seguinte maneira:
4202 πορ νεια porneia
de 4203; TDNT - 6:579,918; n f
1) relação sexual ilícita
1a) adultério, fornicação, homossexualidade, lesbianismo, relação sexual com animais etc.
1b) relação sexual com parentes próximos; Lv 18
1c) relação sexual com um homem ou mulher divorciada; Mc 10.11-12
2) metáf. adoração de ídolos
2a) da impureza que se origina na idolatria, na qual se incorria ao comer sacrifícios
oferecidos aos ídolos.
A união ilícita, ou seja, um ato no qual não há o casamento, como um casamento de adultero, um casamento entre parentes próximos.
 
BIBLIOGRAFIA


PARA CITAR


RODRIGUES, Rafael. Pais da Igreja e o Sacramento do Matrimõnio. Disponível em: <http://www.apologistascatolicos.com.br/index.php/patristica/estudos-patristicos/613-pais-da-igreja-e-o-sacramento-do-matrimonio>. Desde 15/08/2013.

Mateus 16, 18: São Jerônimo Adversus Protestantes


INTRODUÇÃO


Como sabemos, é costume protestante afirmar que a Pedra mencionada por Jesus em Mateus 16, 18, não era o próprio apóstolo Pedro. Já vimos aqui em outra matéria a análise grega do texto (ser visto aqui) e a analise de como os primeiros cristãos interpretavam a passagem (Podem ser vistas aqui, aqui e aqui). Apesar disto, muitos protestantes ainda teimam em argumentar que Pedro era um “pedregulho” ou “pedrinha” e não a própria Pedra menciona por Jesus. Baseado nisto, resolvi não mais usar meus argumentos e, até mesmo de estudiosos protestantes para mostrar aos protestantes qual a interpretação da passagem, e sim mostrar a interpretação de um dos mais renomados estudiosos e tradutores do grego da história cristã: Eusébio Jerônimo de Estrídon, mais conhecido como São Jerônimo.
São Jerônimo é reconhecido como um dos quatros doutores originais da Igreja latina. Padre das ciências bíblicas, presbítero, homem de vida ascética, eminente literato. Nasceu no ano 347 e morreu no ano 420.  Ele se tornou famoso por sua tradução da bíblia do Hebraico e Grego para o Latim.  Na sua época o grego koiné, no qual o Novo Testamento foi escrito, ainda era “vivo” e Jerônimo era altamente proficiente, e um dos mais conhecidos e influentes tradutores de sua época. Vamos então ver qual era a sua interpretação do texto grego:
“κἀγὼ δέ σοι λέγω ὅτι σὺ εἶ Πέτρος, καὶ ἐπὶ ταύτῃ τῇ πέτρᾳ οἰκοδομήσω μου τὴν ἐκκλησίαν καὶ πύλαι ᾅδου οὐ κατισχύσουσιν αὐτῆς.
 
A INTERPRETAÇÃO DE JERÔNIMO SOBRE MATEUS 16, 18

Para mostrar como Jerônimo interpretava o texto grego de Mateus 16, 18 bastaria apenas a sua interpretação no seu comentário ao evangelho de Mateus no livro III, onde ele mostra que Cristo se referia claramente a Pedro ao fala “sobre esta Pedra construirei a minha Igreja”:
Et ego dico tibi. Quid est quod ait: Et ego dico tibi? Quia tu mihi dixisti: Tu es Christus Filius Dei vivi: et ego dico tibi, non sermone casso, et nullum habente opus, sed dico tibi: quia meum dixisse, fecisse est. Quia tu es Petrus, et super hanc petram aedificabo Ecclesiam meam.Sicut ipse lumen apostolis donavit, ut lumen mundi appellarentur, caeteraque ex Domino sortiti sunt vocabula: ita et Simoni, qui credebat in petram Christum, Petri largitus est nomen. At secundum metaphoram petrae, recte dicitur ei: Aedificabo Ecclesiam meam super te. Et portae inferi non praevalebunt adversus eam. Ego portas inferi reor vitia atque peccata: vel certe haereticorum doctrinas, per quas illecti homines ducuntur ad tartarum. Nemo itaque putet de morte dici, quod apostoli conditioni mortis subjecti non fuerint, quorum martyria videat coruscare.” (Hieronymus Sanctu -  Commentariorum In Evangelium Matthaei, Liber Tertius)
Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja’. Como Ele mesmo deu aos apóstolos a luz para que se chamassem “luz do mundo” e os demais nomes que foram distribuídos pelo Senhor, assim também a Simão, que acreditava em Cristo como a rocha, generosamente recebeu o nome de ‘Pedro’, e como uma metáfora para a voz de ‘pedra’, ele diz com razão: ‘Eu edificarei a minha Igreja sobre ti” (São Jerônimo – Comentário Sobre o Evangelho de Mateus Livro III).
Jerônimo nos mostra que Jesus ao falar “Tua és Pedro e sobre está Pedra eu construirei a minha Igreja” estava na realidade falando “Aedificabo Ecclesiam meam super te”, tradução “sobre ti construirei minha Igreja”. Logo, não há dúvidas que tanto ele como estudioso do grego, como a Igreja de sua época, entendiam Pedro como sendo a própria Pedra. Parece-me que um dos maiores eruditos em grego da história cristã, não estava lá assim de acordo com a interpretação protestante desta passagem.
Da mesma forma, existe mais de uma dezena de outras citações de São Jerônimo mostrando que Pedro era a Rocha de Mateus 16, 18, sobre a qual a Igreja foi construída. Em outro comentário sobre o evangelho de Mateus:
Porque estava fundada sobre a rocha. E todo aquele que ouve estas minhas palavras e não as pratica, será comparado a um homem insensato. Sobre esta pedra o Senhor fundou a Igreja (Mt 15): a partir desta o Apóstolo Pedrou rcebeu o nome da rocha. E quanto a esse tipo de rocha não são encontrados nos passos da serpente (Provérbios 30, relativo ao presente e ao profeta que ela ousadamente diz:. Ele estabeleceu os meus pés sobre uma rocha (Sl 39, 3) E em outro lugar:. Na rocha de refúgio para os coelhos, ou para os porcos de hedge (Salmo 103, 8) . temeroso, pois o animal está nas cavernas das rochas se voltou: o áspero e da pele, e do todo, armados com flechas, protege-se com tal proteção Daí diz-se de Moisés, e do Egito no momento em que fugiam de distância, e de coelho, era do Senhor. Fique no buraco da rocha, e verás minhas partes traseiras (para Êx. 33, 21).”.(Comentário sobre Mateus 7, 26;)
Dirigindo-se ao papa, ele reconheceu o bispo de Roma como o sucessor do “pescador” e afirma que a igreja foi construída sobre a cátedra de Pedro, a qual compara com a arca de Noé:
Contudo, ainda que a tua grandeza me aterre, a tua amabilidade me atrai. Do sacerdote demando o cuidado da vítima, do pastor a proteção devida às ovelhas... As minhas palavras são dirigidas ao sucessor do pescador, ao discípulo da cruz. Assim como não sigo outro líder senão Cristo, não comungo com outro senão com vossa bem-aventurança, isto é, com a cátedra de Pedro. Pois esta, eu sei, é a pedra sobre a qual é edificada a Igreja! Esta é a única casa onde o cordeiro pascal pode justamente ser comido. Esta é a arca de Noé, e quem não se encontrar nela perecerá quando prevalecer o dilúvio.(Carta ao papa Damaso, XV, 2)
Da mesma forma em sua epístola a Marcela diz:
Se, então, o Apóstolo Pedro, sobre quem o Senhor fundou a Igreja, disse expressamente que a profecia e a promessa do Senhor foram naquele momento e ali cumpridas, como podemos reivindicar outro cumprimento para nós próprios?(Epístola a Marcela XLI, 2)
Em sua apologia contra Joviniano, o refuta e diz:
Porém, dizes, a Igreja foi fundada sobre Pedro: ainda que em outro lado o mesmo é atribuído a todos os Apóstolos, e eles recebem todos as chaves do reino do céu, e a força da Igreja depende de todos eles por igual, mas um dentre os doze é escolhido para que estando uma cabeça nomeada, não pudesse haver ocasião para cisma. Mas por que não foi escolhido João, que era virgem? Foi prestada deferência à idade, porque Pedro era o mais velho: alguém que era jovem, quase diria um garoto, não podia ser posto sobre homens de idade avançada; e um bom mestre que estava disposto a tirar toda a ocasião de contenda entre os seus discípulos... não deve pensar-se que daria motivo de inveja contra o jovem que tinha amado... Pedro é um Apóstolo, e João é um Apóstolo; mas Pedro é somente um Apóstolo, enquanto João é um Apóstolo, e um Evangelista, e um profeta. Um Apóstolo, porque escreveu às Igrejas como mestre; um Evangelista, porque compôs um Evangelho, coisa que nenhum outro dos Apóstolos, exceto Mateus, fez; um profeta, porque viu na ilha de Patmos, onde tinha sido exilado pelo imperador Domiciano como um mártir do Senhor, um Apocalipse contendo os ilimitados mistérios do futuro... O escritor virgem expôs mistérios que não pôde expor o casado, e para resumir brevemente tudo e mostrar quão grande foi o privilégio de João, a Mãe virgem foi confiada pelo Senhor virgem ao discípulo virgem.(Contra Joviniano I, 26)
Não há nada mais claro do que a leitura do mesmo São Jerônimo explicando que não só Cristo é chamado de rocha, mas também Pedro:
Cristo não é o único a ser chamado de rocha, porque ele concedeu ao apóstolo Pedro que ele deveria ser chamado de rocha” (Jerônimo, comentários sobre Jeremias 3, 65)

CONCLUSÃO

Sabemos que outros padres que também interpretavam a passagem e, de acordo com a doutrina católica, sustentavam duas interpretações: uma que a rocha era a fé de Pedro e também o próprio Pedro, e Jerônimo mostra claramente que Cristo falou que Pedro era a Pedra, isso devido claramente que sendo fluente no grego Koiné, sabia realmente o que o texto grego falava, portanto em seus escritos sustentou firmemente essa interpretação. Logo em quem devemos acreditar, num dos maiores eruditos no grego da história da Igreja Cristã ou nos protestantes? Que o leitor decida!
PARA CITAR
RODRIGUES, Rafael. Mateus 16, 18: São Jerônimo Adversus protestantes. Disponível em: <http://apologistascatolicos.com/index.php/patristica/controversias/597-mateus-16-18-sao-jeronimo-adversus-protestantes> . Desde 15/05/2013

Deus criou o mal?


un_african_famine_opt
Deus criou todas as coisas.
O mal é uma coisa.
Portanto, Deus criou o mal.
O amor não é mau.
Um Deus amoroso não criaria o mal.
Portanto, Deus não é amoroso (ele é mau).
Isso é bem devastador à cristandade, não é? O argumento é logicamente válido. Se você concorda que as premissas são verdadeiras, então não pode escapar das conclusões.
Tenho ouvido algumas pessoas usarem esse argumento para refutar a existência do Deus amoroso da cristandade. Parece-me que esse argumento é bem sólido. Logicamente, é razoável. Mas, há uma falha, não na lógica, mas na verdade de uma das premissas. O que é realmente elegante sobre argumentos é que se você puder mostrar que uma das premissas seja falsa, todas as conclusões subsequentes (e dependentes delas) vão por água abaixo. Qualquer conclusão precedente (não dependente de premissas abaixo), no entanto, está a salvo.
O importante é que a premissa problemática nesse argumento é a segunda premissa. “O mal é uma coisa.” Então, nós não temos que aceitar nenhuma das conclusões. Se quero afirmar que “o mal é uma coisa” é falso e que  o “mal não é uma coisa”, eu preciso apresentar um argumento. Lá vai:
Eu quero começar definindo qual o oposto de “mal”. Bem. O “bem” não é uma coisa também. É a descrição da natureza de Deus. Deus tem uma natureza moral que é boa. Deus não está sujeito ao “bem” (caso contrário “bem” seria maior que Deus, portanto tornando-o Deus) e Deus não determina o “bem” (se O fizesse então o “bem” seria arbitrariamente determinado – Deus poderia ter feito o estupro bom). Entretanto, “bem” é a descrição da natureza de Deus. Deus sabe qual é Sua natureza, então Ele pode nos dizer o que é “bom” e o que é “mau”. Isso é chamado de lei moral.
Baseado nisso, a ausência de “bom” faria algo “mau”. Porém, deixe-me esclarecer. Só porque algo é “não bom” não significa que seja “mau”. Por exemplo, considere as cores preta e branca. Elas são opostas. Se a cor cinza aparece, seria perfeitamente aceitável dizer que ela não é branca, mas não seria aceitável dizer que ela é preta. Muitas coisas são moralmente neutras. Assim como a escolha de um sorvete. Uma escolha ou ação não passa a cair na categoria de “mal” a não ser que esteja “agindo ativamente ou se posicionando contra” a lei moral de Deus ou natureza.
Deus criou os seres humanos “à Sua imagem e semelhança” (imago Dei). Uma das propriedades da imagem de Deus é o reconhecimento do que é “bom” e “mau”. Porém, quando o pecado entrou no mundo, essa habilidade foi obscurecida. Irei abordar mais disso num futuro post sobre a depravação do homem.
Seres humanos podem discernir “bem” e “mal” por si próprios (Romanos 2,14-15). Muitos secularistas podem elaborar um argumento de como (e não por que) eles discriminam o “bem” do “mal” – eles observam o comportamento humano e a natureza. Mas esta observação possui um limite, principalmente porque a cultura humana muda e o que é constatado como “mau” irá, um dia, mudar para “bom”. Algumas áreas que parecem cinza podem, na verdade, serem brancas ou pretas. Levando em conta que nosso discernimento foi obscurecido por nosso pecado, precisamos nos dirigir à revelação de Deus (a Bíblia e a Igreja) para nos ajudar a determinar mais concretamente o que é o “bem” e o que é o “mal”.
Uma vez reconhecido que o padrão Divino de bem não pode ser encontrado; e, não importa o quanto tentemos, nossas boas ações não irão restaurar nossa relação com Ele, reconhecemos a necessidade de um Salvador. Quando reconhecemos nossa necessidade e nos humilhamos ao ponto de entender Jesus como nosso Salvador, então O permitimos revelar a nós muito mais da Sua natureza e sobre o que é “bom”.
Fonte: http://lukenixblog.blogspot.com.br/2009/04/did-god-create-evil.html
http://logosapologetica.com/deus-criou-o-mal/#axzz2c8AWJhAa
Tradução: Hendrio Medeiros Marques


quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Por que tantos católicos deixam a Igreja?

Apresentadora evangélica desabafa sobre críticas que recebeu por ter elogiado Papa Francisco

Evangélica elogia o Papa e é criticada por irmãos na fé



Mariana Sasso é apresentadora de um programa de esportes na TV Cearense e evangélica fervorosa. No dia 28 de julho postou em seu perfil no Instagran uma foto do Papa Francisco beijando uma criança e os dizeres “Isso é amor e carisma! Homem de Deus… Homem do povo! Ungido do Senhor! Um grande líder!”.
Foi o suficiente para que alguns protestantes radicais criticassem a apresentadora insinuando que ela estivesse idolatrando o Papa. Há uma corrente no meio evangélico que considera idolatria o respeito e admiração que os católicos possuem pelo Vigário de Cristo. Há outros até que definem  o Papa como o anticristo ou a figura da besta numa interpretação enviesada do livro do Apocalipse.




Mariana ficou triste com as críticas e no dia seguinte postou um desabafo. “Fiquei muito triste com alguns(poucos) irmãos da igreja evangélica. Eles me criticaram por admirar o Papa“, disse. Em outro trecho comentou: “Esse homem tem pregado o evangelho de uma forma linda. Ele tem dito “não” a idolatria e só tem falado de Jesus!” Ao final do texto deixou uma mensagem a pastores e críticos de sua postura. “Me perdoe, Pastores e irmãos que me criticaram, mas vocês vão ter que engolir o Papa pregando a Bíblia!”, disse.
 
Fonte Eletrônica;