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sexta-feira, 22 de abril de 2016

Deus proíbe o uso de imagens?

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No livro do Êxodo 20,4-5 Deus parece proibir o uso de imagens. Mas por que essa proibição? Porque podiam ser ocasião a que o povo de Israel as adorassem, como faziam os povos vizinhos dados à idolatria. Os israelitas tendiam a imitar gestos religiosos pagãos e, por isso, muitas vezes caíram na idolatria. Deus queria incutir o conceito de Javé, mostrando que o Senhor era diferente dos deuses dos outros povos. Deus não somente permitiu, mas até mandou que se fizessem imagens sagradas. Veja: Ex 25,17-22 – Deus manda Moisés colocar 2 querubins de ouro na Arca da Aliança, onde Javé falava com seu povo.

1Rs 6,23-28 – No Templo construído por Salomão foram colocados querubins de madeira junto à Arca da Aliança. E as paredes do templo tinha imagens de querubins. Tudo feito com ordem de Deus, conforme vemos em 1Cr 22,6-13, e em Ex 31,1-11.
1Rs 7,25.29 – No Templo de Salomão havia também bois de metal, leões, touros e querubins.
Nm 21,8-9 – Deus ordenou a Moisés que fizesse uma serpente de bronze, e quem olhasse para ela seria salvo.
As antigas catacumbas cristãs, desde o primeiro século, apresentavam imagens bíblicas. Noé salvo do diluvio, Daniel na cova dos leões, o Peixe que simbolizava o Cristo e muitas outras. Será que esse cristãos que eram perseguidos pelos romanos, eram idólatras por isso?
No século III, encontramos imagens nas sinagogas da Palestina. A sinagoga de Dura-Europos, na Babilônia, tinha a representação de Moisés, Abraão e outros. Dizia o Papa São Gregório Magno: “Uma coisa é adorar uma imagem, outra coisa é aprender, por essa imagem, a quem se dirige as tuas preces. O que a Escritura é para aqueles que sabem ler, a imagem o é para os iletrados. Por essas imagens, aprendem o caminho a seguir. A imagem é o livro daqueles que não sabem ler”.
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O Concílio de Nicéia II, em 789, aprovou definitivamente ou uso das imagens e o recomendou. Ele disse: “Quanto mais os fiéis contemplarem essas representações, mais serão levados a recordar-se dos modelos originais. Uma veneração respeitosa sem que isto seja adoração, pois esta só convém, segundo a nossa fé, a Deus”. Em Karlsruhe, em 1956, os luteranos reunidos em Congresso aprovaram que a ordem de Cristo de pregar o Evangelho em todas as línguas, inclui também a linguagem figurada do artista. Perguntavam-se: “Por que admitir as impressões auditivas na catequese e rejeitar as impressões visuais? Estas parecem ainda mais eficientes do que aquelas.” (Der christliche Sonntag, em 14/10/1956, pág. 327).
Prof. Felipe Aquino
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    Sobre Prof. Felipe Aquino

    O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.

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