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domingo, 4 de setembro de 2016

ESTUDO BÍBLICO - Depois do Dilúvio Lição 3 Parte 2

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O Grande Dilúvio

Depois do Dilúvio – O Pecado de Cam

Infelizmente, a história humana depois do dilúvio mais uma vez, continua como antes. Como Adão (cujo nome em hebraico significa literalmente “terra” ou “solo”) que recebeu um jardim para cultivar. Noé plantou uma vinha e tornou-se agricultor (cf. Gn 2:. 1; 7:11). E do mesmo modo como o fruto proibido causou a queda de Adão, o fruto da videira – as vinhas que produzem o vinho – provocou a queda de Noé. Como a queda de Adão, a de Noé também expõe o seu pecado e sua nudez (Gn. 3, 6-7; 9,21), o que resulta em uma maldição (cf. Gn 3, 14-19).
Mas e quanto a história de Cam, que exibe a nudez de seu pai? (cfr. Gn 9, 22). Em hebraico, a frase usada nesta passagem é uma figura linguagem para falar sobre incesto. Em algumas partes da Bíblia a expressão “descobrirás a nudez” de alguém, indica o ato sexual (Lv 20, 17; 18, 6-18). Descobrir a nudez de seu pai, significa que ele cometeu incesto com sua mãe. Em outras palavras, aproveitando-se da embriaguez de Noé, Cam dormiu com sua mãe quando seu pai estava embriagado, dormindo. Pode ser que isto esteja ligado a uma tentativa de remover o poder de seu pai, porque este ato é conhecido na Bíblia como uma ofensa a quem está no comando (cf. Gen 29:32; 35:22; 49: 3-4 .; 2 Samuel 16: 21-22).
A este respeito, é de notável que Noé amaldiçoa não a Ham, mas Canaã, filho de seu filho. Será que Canaã foi um filho nascido de incesto? Esta pode ser mais uma pista para compreendermos o que aconteceu. Pois a Bíblia nos diz que Canaã foi o patriarca fundador de uma nação cuja cultura a abominável prática do incesto era comum (cf. Lv 18, 6-18; Ex. 23, 23-24). Canaã é o fruto do mal (resultado), do pecado de Noé. Mas, tal e qual a Adão, que gerou tanto a Cain, que matou seu irmão, quanto a Set, o Justo. Noé também tem um boa semente: seu filho mais velho Sem, que tentou “cobrir” a nudez de seu pai (cfr. Gn 9,23).
Enquanto amaldiçoa a Canaã, sua descendência ruim, Noé abençoa a Sem: “Bendito seja o Senhor, o Deus de Sem, e Canaã seja seu escravo “(cfr. Gn 9,26).
Também é relevante aqui o fato de que o único outro episódio de embriaguez em Gênesis é ligado ao incesto e ao nascimento das nações imorais e hostis do povo de Deus: As filhas de Lot, que embriagam ao seu pai e geraram filhos de incesto, que por sua vez dão origem aos Moabitas e aos amonitas (Gn 19, 30-38).
Assim, a história em Gênesis, que narra o conflito entre as duas progênias de Noé, a boa e
a ruim. Os descendentes de Cam se tornam inimigos do povo de Deus: Egito, Canaã, Philistia, Assíria e da Babilônia (Gn 10, 6, 10-11, 14).
Forjar um nome
Desta má ascendência, procedem as nações que tentaram construir a Torre de Babel “para fazerem-se famosas [e construirem um nome  “shem” para si, com o sentido de renome] “(Gn 11, 1-9). Em outras palavras, eles queriam estabelecer uma espécie de anti-reino contra o nome de Deus. Genesis é uma conexão entre o nome (Shem) e relacionamento pessoal com Deus. Grande pecadores de Gênesis, começando com Adão e Eva, que são seduzidos pela promessa de Satanás de tornarem-se “como deuses”, sempre querendo fazerem-se protagonistas (“nome”), serem exaltados e viver como se não precisassem de Deus.
Cain é um exemplo disso. Quando ele constrói uma cidade, o que faz? Coloca-a o nome de seu filho, Enos (Gn 4,17). O que queriam ao fazerem-se construtores da Torre de Babel era glorificar o próprio nome e suas obras.
Os justo de Gênesis não procurar exaltar seu nome, mas regozijam-se nas bênçãos de Deus, invocam “o nome de Deus.” Enquanto Cain glorifica seu próprio nome, seu irmão Set, o justo, santifica o nome do Senhor, buscando sua bênção (cfr. Gn 4, 26). Isto é seguido pelos justos Abraão (cf. Gn 12, 8; 13, 4; 21,33) e Isaac (26,25). Está implícito na bênção de Sem por Noé (9,26). Neste último exemplo, é surpreendente que pela primeira vez na Bíblia Deus é identificado por seu relacionamento pessoal com uma pessoa: Javá é o “Deus de Sem”.
Vemos esse mesmo padrão no próximo capítulo do Gênesis, quando Deus promete engrandecer o nome de Abraão. Então, Deus refere-se a si mesmo como “o Deus de Abraão” (cfr. Gn 26,24; Mt 22,32; Atos 7, 3).
Em todo o Antigo Testamento, veremos o justo louvar o nome do Senhor e buscar Nele bênção e ajuda (cf. Dt 28,10, Salmo 124, 8 .; 129, 8; Pv 18,10; Joel 2,23; Mi 4: 5; Sof 3,12). O novo Testamento também diz que “todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (Romanos 10,13; Atos 2,21; 4,12).
Nosso Pai Abraão – Hebreus e Semitas
A boa progênia da humanidade, a ascendência dos justos, descendentes de Sem, vem o primeiro dos grandes patriarcas, “Abrão (mais tarde Abraão), o hebreu” (Gn 14,13). É a primeira vez que a palavra “hebreu” aparece na Bíblia e está ligada com o nome de Eber, bisneto de Sem (Gen 10,21). Por isso se chama o povo escolhido de “hebreus”. Os descendentes de Abraão são também chamados de “semitas”. Deste nome deriva a palavra para designar aqueles que odeiam os judeus, “anti-semita” ou seja,  alguém que é contra os descendentes de Sem, o Justo.
Com a história de Abraão, começamos uma nova era na História da Salvação. Os capítulos 12 ao 50 de Gênesis contam a história dos “patriarcas”, os fundadores do povo escolhido. Nos capítulos 12 ao 25 leremos a história de Abraão e seus dois filhos, Ismael e Isaac. De Gênesis 25 ao 36 ouviremos a história de Isaac e seus dois filhos, Esaú e Jacó.  O livro conclui, nos capítulos 37 ao 50, com a história dos doze filhos de Jacob, fundadores das tribos de Israel e, especialmente, o filho favorito, Joseph.
Para simplificar, vamos nos referir a Abraão e não “Abrão”, seu nome original. Deus mudou seu nome em Gênesis 17, 5. Deus fez uma aliança com Abraão, e que a aliança vai dar um outro sentido à história humanidade, dando-lhe uma nova oportunidade e uma nova direção. A aliança com Abraão consiste em três partes e começa com três promessas:
1. fazer de Abraão uma grande nação (Gn 12, 1);  2. engrandecer seu nome (12: 2);  3. fazê-lo fonte de bênçãos para todas as raças (12: 3).
Então, Deus eleva a três promessas à alianças divinas. Não se trata apenas de uma promessa de fazer de Abraão uma grande nação, mas de uma aliança com seus descendentes, resgatando-os da opressão em um país estrangeiro e dando-lhes uma terra (Gn 15, 7-21). Ou então, não apenas engrandecer o seu nome, mas fazer de Abraão “pai de muitas nações” e uma dinastia real (Gênesis 17, 1-21). Deus transforma e torna mais importante sua terceira promessa, jurando que os descendentes de Abraão serão “tão numerosos como as estrelas do céu e a areia do mar” (Gen.22, 16-18).
Por meio destes três juramentos Deus faz um esboço do futuro da História da Salvação. Abraão fez-se de fato uma grande nação no Êxodo, quando, por meio da aliança de Deus Moisés leva os descendentes de Abraão para a terra prometida a seu ancestral (Gn 46, 3-4). Vamos ler isto na próxima lição, quando vemos os outros livros do Pentateuco.
O segundo juramento é cumprido quando Davi é feito rei, e lhe é prometido ‘um grande nome’ (cfr 2. Sam 7, 9), e um trono que durará para sempre (cf. Sl 89, 3-4; 132, 11-12.). Todas estas alianças nos levarão a Jesus. Sua Nova Aliança carrega a promessa de Deus de fazer que os filhos de Abraão sejam fonte de bênção para todas as nações. É por isso que desde a primeira linha do Novo Testamento, encontramos as palavras “Jesus Cristo … filho de Abraão “(Mt 1: 1).
Sacerdote do Altíssimo
Há mais três cenas da vida dramática de Abraão que precisamos ver porque fazem referência ao Novo Testamento. A primeira é Melquisedeque, o Rei misterioso de Salem, que aparece após a batalha em que Abraão derrota os reis guerreiros para libertar seu sobrinho Lot (Gen 14). Note-se que ele aparece do nada, sua genealogia não é dada, e sua cidade “Salem” é desconhecida antes esta aparição. E será conhecido mais adiante que Salem é uma forma abreviada do nome de Jerusalém (Sl 76, 2).
Melquisedeque oferece pão e vinho, e abençoa Abraão. Os Padres da Igreja viram nisso uma pre-figura da Eucaristia. Há uma referência a esta identificação na primeira forma de oração Eucaristica, que fala de “pão e vinho oferecidos pelo seu sacerdote Melquisedeque” (cfr. CIC n.1333). A Bíblia vê Melquisedeque como uma figura do filho de Davi, que é “sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque “(cf. Sl 110, 4). Ele também é visto no Novo Testamento como uma figura de Jesus sumo sacerdote real e eterno (Hb 7).
“Aliança em sua carne”
A circuncisão é o sinal do juramento da aliança de Deus, fazendo dos descendentes de Abraão uma dinastia real. “Esta minha aliaça, gravada em vossa carne  é uma aliança perpétua” (Gênesis 17, 1-14). Jesus foi circuncidado para mostrar que na sua carne, ele é um membro do povo da Aliança (cfr. Lc 2:21). Mas a circuncisão também é um sinal físico que sinaliza em direção ao batismo, o sinal espiritual e sacramento pelo qual entramos na Nova Aliança, a família real de Deus. Com os profetas, a imagem “circuncisão do coração” significa a dedicação de todo o ser a Deus (Cf. Dt 10,16; Jer. 4: 4; Rm 2: 25-29; 1 Cor 7, 18-19). O profeta Jeremias disse que a lei da Nova Aliança seria escrita no coração (cf. Jer. 31, 31-34). Isso acontece com o batismo que é a “A circuncisão de Cristo” (Col 2,11) a verdadeira circuncisão (Fp 3: 3).
Fonte Eletrônica;
https://igrejamilitante.wordpress.com/2016/08/29/estudo-biblico-depois-do-diluvio-licao-3-parte-ii/

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